segunda-feira, 20 de abril de 2009

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

A partir das discussoes realizadas sobre esta interdisciplina, sobretudo as indagacoes surgidas no forum, gostaria de destacar uma em especial feita pela Zezé (“fiquei pensando quanto educadora, o quanto este processo de exclusão sobre essa educação ainda habita em nós? em nós educadores, o quando de estigma latente nos assombra ainda, o quanto ainda de preconceito paltado no determismo, na piedade ainda habita em nós?”) e relatar minhas reflexoes a respeito: Fiquei analisando que este processo de exclusão, preconceito e piedade se mescla em nosso pensamento, em nossa maneira de ver o mundo, pois sempre fomos induzidos a gostar do que é “perfeito”, de querer aquilo que é melhor, mais bonito, enfim, valorizar as coisas e as pessoas pelo seu aspecto físico. Diante do que é imperfeito, digamos assim, ficamos confusos, assumindo certas posturas como: ignorar, ter pena, julgar, entre outras. Tudo isso somado a falta de capacitação e informação por parte dos educadores, tende a resultar em tentativas fracassadas de inclusão. Pois, se continuarmos vendo nosso aluno deficiente como “coitadinho”, não estamos o ajudando, porém se ignorarmos suas limitações também não estamos agindo certo. Acredito que para a inclusão acontecer realmente, além do papel, devemos em primeiro lugar ter consciência de nosso próprio preconceito, conosco e com os outros. Aceitar o diferente como normal, fazer de tudo para tratá-lo como tal, apostando em seu potencial, mas conhecendo sua realidade e sua limitação. A capacitação dos professores é fundamental neste processo, acredito, porém não basta apenas conhecer formas de se trabalhar com estas pessoas, é preciso também aceitá-las de coração, buscando mudar a visão errada que a sociedade tem delas, julgando-as incapazes e dignas de pena, na maioria das vezes por desconhecê-las. Atualmente nem nossas escolas nem tão pouco nossa sociedade está preparada (física e emocionalmente) para receber pessoas com necessidades educacionais especiais, porém isso não significa que não possamos, aos poucos integrar e socializar alunos especiais com alunos da rede regular, após um trabalho de conscientização, aceitação e convivência entre ambos, para então pensar em uma inclusão responsável.

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