quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

EIXO IX

Foi durante o eixo IX que aconteceu a construção do TCC, com base na experiência da prática do estágio.
A primeira dificuldade que encontrei foi com relação a definição da pergunta central, pois a mesma deveria partir de inquietações surgidas a partir do estágio. Pois bem, minhas principais inquietações estiveram relacionadas com o processo de internalização dos alunos com deficiência intelectual, pois ficava confusa se eles haviam conservados ou não determinados conceitos que ora pareciam bem definidos, ora pareciam nunca terem sido trabalhados.
Embora tivesse claramente definido qual o tema a ser abordado, tive dificuldades para definir a questão norteadora, pois a mesma não poderia ser ampla demais, nem tampouco limitada demais. Somente após conversas com a professora e a tutora foi possível definir uma questão que abordasse o tema escolhido e ao mesmo tempo fosse possível chegar a possíveis soluções para tais inquietações.
A pergunta norteadora do Trabalho de Conclusão de Curso ficou assim definida:
QUAIS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PODEM SER DESENVOLVIDAS
PARA FACILITAR O PROCESSO DE INTERNALIZAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL?

Para embasar esse trabalho, procurei subsídios na obra de Vygotysky, também chamada de teoria sócio-histórica. Segundo o autor o ser humano se desenvolve a partir das relações sociais que estabelece no meio no qual está inserido.
Dentro dessa perspectiva, foi possível perceber como se dá o processo de aprendizagem dos alunos, para que dessa forma fosse possível contribuir com estratégias de modo a facilitar a internalização de conceitos, mais especificamente dos alunos com deficiência intelectual.
Por meio dos estudos realizados e através das vivências obtidas na prática, foi possível constatar que as atividades em grupo são fundamentais para o processo de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, sendo que estes dois conceitos estão muito próximos um do outro, ou seja, um não acontece sem o outro, a medida que a criança aprende, avança em seu desenvolvimento e vice-versa. Dessa forma, atividades coletivas promovem a interação, cooperação, socialização, trabalho em equipe, afetividade, enfim, elementos essenciais para que um possa aprender com o outro e assim desenvolverem-se juntos, por meio da troca.
Para tanto o papel do professor é também muito importante, e deve ser realizado com o intuito de mediar estas ações descritas acima, de forma que não sejam feitas ao acaso, mas sejam antecipadas as necessidades de seus alunos. Para isso é de fundamental importância que o professor tenha em mente quem é seu aluno, o que ele já sabe, o que ele pode, quer e deve descobrir para avançar na busca pelo conhecimento. Dentro dessa ótica estamos trabalhando então na zona de desenvolvimento proximal de nossos alunos e com isso buscando seu avanço, autonomia, crescimento, enfim, visando a superação dos seus limites.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é a forma com que o professor abordará os conceitos estudados, pois, de acordo com as experiências obtidas durante a prática, ficou evidenciado que uma atividade se torna significativa quando realizada dentro das expectativa dos alunos, mas acima de tudo quando feita de forma lúdica, ou seja, que lhe proporcione satisfação, envolvimento, alegria, sendo muito difícil de se conseguir êxito por meio de ações isoladas que visem contemplar somente o currículo escolar, sem a participação efetiva dos alunos. Por meio dos relatos dos alunos, pude observar que atividades realizadas há bastante tempo, mas que significativas para os eles, lhe proporcionaram importantes aprendizagens, sendo assim internalizadas por eles e facilmente retomadas em momentos posteriores, como de fato aconteceram durante o estágio.
Acredito que práticas diversificadas, contextualizadas, planejadas e pensadas também pelo olhar do próprio aluno, possam facilitar o processo de internalização dos alunos com deficiência intelectual, tendo em vista que essas pessoas se desenvolvem de forma mais lenta, onde muitas vezes estão em situação de desvantagem emocional, cultural, econômica, psíquica e não possuem uma estrutura familiar capaz de lidar com esta situação, sendo o ambiente escolar um refúgio ou um alento para suas dificuldades.
Contudo, as reflexões teóricas sobre a prática proporcionaram subsídios para a compreensão mesmo em parte de como as pessoas com deficiência se desenvolvem e acima de tudo como podemos buscar meios para facilitar o processo de internalização dessas pessoas, que podemos também compreender como a produção e a incorporação da cultura, segundo as palavras de Vygotsky.

sábado, 27 de novembro de 2010

EIXO VIII

O eixo VIII foi muito bom de retomar, pois neste eixo foi realizado o estágio curricular, sendo este muito gratificante de realizar, mesmo sendo cansativo, devido suas exigências, foi uma experiência bastante interessante.


Meu estágio foi realizado na Escola Especial na qual trabalho como secretária, por essa razão me afastei 20 horas desta função para me dedicar a turma do Ciclo II.

Foram dois meses de estágio, que teve início em 12 de abril até 11 de junho. Durante esse tempo foi desenvolvido o Projeto sobre o 20 anos da entidade mantenedora da escola, a APAE, sendo este tema escolhido já no início do ano pela equipe de professores e achei interessante dar continuidade no tema, pois a comemoração do 20 anos seria no mês de agosto.

Realizamos diversas atividades como entrevistas com os profissionais da escola, linha do tempo da escola e dos alunos, pesquisas sobre a criação da escola, da entidade, produções de textos coletivos, desenhos coletivos, e demais atividades que contemplassem diversas áreas do conhecimento, tendo por objetivo conhecer a história da escola, valoriza-lá e reconhecendo-se como parte importante dela.

Foi uma rica experiência profissional e também pessoal, pois o convívio diário que já mantinha com esses alunos, fortaleceram ainda mais nossos laços de amizade, fazendo com que dessa forma fosse possível valiosas aprendizagens para a vida pessoal.

No que se refere ao aspecto profissional, pude me aprofundar na teoria de Vygotsky e relacionar com a prática, encontrando subsídios que sustentassem essa prática.

Contudo, percebi que segundo o autor, é por meio das relações sociais que o indivíduo aprende e se desenvolve, por isso a importância de atividades que promovam a interação e cooperação dos alunos, pois através de práticas contextualizadas, planejadas é possível contribuir para uma aprendizagem de fato significativa

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

EIXO VII

Ao visitar o eixo VII, relembrei a interdisciplina da EJA, sendo esta a que mais me chamou atenção, pois somente tinha a visão de Educação de Jovens e Adultos na modalidade educação especial desenvolvida na escola onde trabalho.

Através das atividades disponibilizadas, foi necessária a visita a uma escola regular que contemplasse a EJA. Foi então o que fizemos uma colega minha e eu para conhecer um pouco do trabalho desenvolvido nela, estrutura física, equipe de professores e os alunos.

Visitamos uma escola do município de Torres, localizada na localidade de Campo Bonito que funciona no período da noite. Através de entrevistas pré-estruturadas verificamos a existência de Regimento, PPP, parecer de funcionamento, entre outros documentos importantes na escola. Conversamos com a Diretora da escola que nos recebeu muito bem, pronta a nos auxiliar no que fosse necessário. Ela colocou da realidade enfrentada nestas escolas, na qual se trata de um público reduzido que freqüenta pouco as aulas e que geralmente não contempla a real finalidade da sua criação que seria de atender a uma clientela que não teve acesso a escola em tempo adequado e na vida adulta pode se valer dessa possibilidade.

A realidade encontrada foi um público bastante jovem que após consecutivos fracassos escolares e tendo ingressado no mercado de trabalho, sente a necessidade de aprimorar conhecimentos e adquirir um diploma para melhorar o seu rendimento salarial.

Essa realidade foi comprovada por meio das entrevistas que realizamos com os alunos que lá se encontravam. A maioria deles era jovem ou adolescente que trabalhava durante o dia, que havia abandonado os estudos por um motivo ou por outro e que via ali possibilidade de concluir os estudos, uma vez que esta modalidade apresenta meios mais flexíveis de avaliação.

Essa experiência foi muito importante para fazermos um comparativo da realidade da nossa região e o que a interdisciplina vinha apresentando, sendo que presenciamos uma realidade um pouco diferente do que prevê a esta modalidade, mas não significa que seja menos importante, ao contrario, é mais uma oportunidade tanto para adultos que não tiveram acesso a educação na idade adequada, quanto para adolescentes e jovens que decidem retomar os estudos.

EIXO VI

Nesta semana retomei o eixo VI e nele pude relembrar a interdisciplina de educação especial a qual depositava grandes expectativas, tendo em vista que trabalho em uma escola de educação especial. Acreditava que ela viria como um enriquecimento ao trabalho desenvolvido na escola, seja durante o estágio com os alunos, seja em outros seguimentos da entidade.

Pois bem, ao analisar toda a caminhada percorrida desde nossa primeira aula presencial com o professor Claudio Baptista, foi possível refletir o quanto minhas crenças e convicções sofreram modificações durante essa trajetória. Em nossa primeira aula presencial tive uma grande decepção quando ouvi do referido professor que em quando existissem as APAEs a inclusão de fato não se efetivaria. Confesso ter ficado muito frustrada com essa afirmação e durante a aula mesmo, fizemos alguns questionamentos, demonstrando uma postura contraria a tal afirmação, sem que pudesse compreender o que de fato ele estava tentando dizer.

Após o estagio curricular, o acompanhamento com a professora Gabriela e a tutora Graciela, ambas dedicadas especificamente a educação especial pude avaliar melhor uma visão vinda de fora da entidade APAE. Dessa forma, fui aos poucos buscando embasamento teórico na teoria sócio-interacionista de Vygotsky e com ela remodelando a ideia que tinha sobre inclusão.

Acreditava que a inclusão pudesse mesmo acontecer, mas que isso levaria ainda um bom tempo, pois achava que os professores estavam despreparados, que as escolas não disponibilizassem de estrutura física, pessoal e emocional para lidar com essa realidade.

Hoje após analisar e compreender que na perspectiva Vygotskyana a aprendizagem ocorre a partir das relações sociais e com o meio, bem como o desenvolvimento está diretamente ligado a aprendizagem, pude avaliar melhor as palavras do professor naquela nossa primeira aula presencial e compreender que ele estava querendo nos alertar da importância que significa a pessoa com deficiência conviver com as ditas normais e vice-versa, pois a troca poderá proporcionar ricas e significativas aprendizagens para ambas as partes, o que dificilmente ocorreria se estivessem convivendo em ambientes separados, mas que acima de tudo este é um direito que não pode ser privado de nenhum ser humano, o de conviver com as diferenças.

Percebi que a inclusão já demorou tempo demais para se efetivar, e que somente encontraremos soluções, quando deixarmos ela acontecer.

Não quero de forma alguma me posicionar contra a escola regular, tampouco contra as APAEs, sendo que considero o trabalho de ambas fundamental para nossa sociedade, mas gostaria de deixar claro a visão que tinha antes para que tenho hoje, do que de fato significa inclusão, sobretudo das pessoas com deficiência intelectual que enfrentam um preconceito ainda maior. Tenho consciência do grande desafio que isso significa, do quanto ainda tenha que ser feito para qualificar este trabalho, mas também estou ciente da importância da troca entre pessoas ditas normais.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

EIXO V

Analisando as interdisciplinas do Eixo V, pude refletir sobre as atividades realizadas na interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta, mais especificamente sobre a atividade dos projetos temáticos, onde cada grupo deveria escolher um tema de interesse comum, pesquisando nas fontes que achasse mais convenientes.


Pude relembrar o quanto foi gratificante o trabalho realizado, pois tratava de um tema no qual tínhamos curiosidade e isso nos motivou durante a pesquisa. Durante esse período pude me apropriar de conceitos que apenas havia visto de maneira superficial, o que foi essencial para compreender o tema escolhido.

Hoje, analisando esta experiência pude me reportar a condição dos meus alunos, uma vez que estive na mesma situação vivia por eles em sala de aula. Com isso, verifiquei o quanto uma aula / atividade se torna significativa quando aborda temas do interesse do público envolvido, ou seja, quando propomos algo que é do interesse do aluno, ele sente prazer em se apropriar de tais informações, contribuindo diretamente para que aprendizagem realmente ocorra.

Nosso tema envolveu aspectos biológicos e psicológicos para explicar os motivos que levam uma pessoa a comer compulsivamente ou não comer, antes vistos por nós, integrantes do grupo de forma isolada e/ou superficial.

Realizamos entrevistas, pesquisas em sites, revistas, livros e artigos, evidenciando dessa forma a importância de metodologias diversificadas para realizar estudos em torno de uma temática.

sábado, 9 de outubro de 2010

EIXO IV

Durante este mês, vamos relembrar as interdisciplinas do eixo IV, dentre elas escolhi a de matemática para visitar e refletir essa semana.
Analisando as atividades realizadas, pude refletir que esta foi, assim como no eixo anterior, uma interdisciplina que priorizou a prática, pois ao trabalharmos conceitos como classificação e seriação, números e operações e espaço e forma, o fizemos de forma bastante prática, através de atividades que deveriam ser aplicadas diretamente com os alunos.
Ao realizar todas essas atividades, vivenciamos muitas aprendizagens seja por parte dos alunos, seja por nossa própria experiência. Ao relembrar algumas atividades realizadas neste eixo, percebi que aproveitei algumas atividades sugeridas pela interdisciplina, mas que se tivesse realizando este exercício de rever os eixos estudados, poderia ter aproveitas muitas outras também bastante interessantes.
Conforme sugerido nos comentários do portifólio, no qual se refere a falta de referencias de autores e/ou conceitos, estou procurando a partir de então, fazer a costura entre os exemplos trazidos e algum texto mais significativo.
Com relação a interdiscilplina de matemática, pude refletir sobre o texto de Daniela Stevanin Hoffmann, que diz o seguinte:
“Segundo Papert (1980), o ensino da Matemática, tradicionalmente feito nas instituições escolares, é um processo que faz a criança “esquecer a experiência natural da matemática a fim de aprender um novo conjunto de regras” (p.243). Carraher (1989) também caracteriza a matemática escolar como não sendo significativa para o estudante, mas, sim, uma atividade institucional cujo objetivo é que o sujeito realize a tarefa definida pelo professor, saia-se bem em um exame, preencha o tempo na escola ou, até mesmo, aprenda Matemática.
Via de regra, a professora demonstra e/ou explica um procedimento e, a seguir, os alunos executam atividades que visam à prática do mesmo. Quando exemplos da vida diária são introduzidos na sala de aula, eles visam à execução das rotinas demonstradas pela professora, não à compreensão da situação e sua utilização para a compreensão de conceitos matemáticos. (Carraher, 1989, p. 90).
Piaget (1973), que acredita na construção natural e gradual das estruturas lógico-matemáticas elementares, critica a ênfase do ensino na transmissão de verdades do professor para os alunos, pois além da linguagem do professor ser extremamente axiomática e complexa, diferente da linguagem do aluno, essa transmissão não se preocupa com e nem oportuniza as idéias espontâneas da criança. O autor (2002), preconiza que a aprendizagem ocorre a partir da interação entre sujeito e objeto – colocando em evidência a atividade do sujeito apoiada no objeto e, ao mesmo tempo, limitada por ele –, portanto dependente de ambos, numa construção contínua.
Assim, para construir conhecimento, é preciso reestruturar as significações anteriores – a idéia que o aprendiz traz consigo –, produzindo diferenciações e integrando as novas significações ao sistema de significados do sujeito. Essa integração resulta da atividade de diferentes sistemas lógicos do sujeito, que interagem entre si e com os objetos a assimilar ou com os problemas a resolver. O conhecimento novo para o sujeito é produto de sua atividade intencional, interatividade cognitiva com os pares, trocas afetivas e investimento de interesses e valores’’.
Como podemos observar, trata-se de passagens bem objetivas no que se refere a como devemos trabalhar a matemática na escola, utilizando exemplos presentes no cotidiano dos alunos, práticas diversificadas e prazerosas, pois somente assim elas poderão se tornar significativas para os alunos, quebrando o tabu de que a matemática é difícil e complicada.

domingo, 26 de setembro de 2010

EIXO III

Nesta semana visitei as interdisciplinas do eixo III, que foram de forma geral muito prazerosas de realizar, pois envolveram temáticas como teatro, artes visuais, ludicidade e literatura que buscam trabalhar conceitos de forma prática, fugindo um pouco dos textos e produções textuais, abordados com mais freqüência nas demais disciplinas.

Ao relembrar as atividades realizadas, foi difícil escolher apenas uma interdisciplina para destacar, pois todas foram muito gratificantes e significativas. Sendo assim, escolhi duas para comentar, artes visuais e teatro.

A primeira, trouxe idéias inovadoras a respeito da arte, pois eu ainda estava muito presa nos moldes tradicionais de se trabalhar artes na escola, como por exemplo, atividades com pintura, recorte, colagem, desenhos, enfim, acreditando que somente estes recursos poderiam ser trabalhados com os alunos, pois eles não teriam condições para analisar obras, tão pouco eu saberia conduzir uma aula com esta dinâmica.

Após a interdisciplina, percebi que ao contrario do que pensava, a arte esta em toda parte, está na maneira como vemos as coisas a nossa volta. Percebi que é possível estudar sobre alguns autores, criar, inovar, reinventar a partir de uma obra.

Acima de tudo, percebi com a visita a Bienal em Porto Alegre, que todo artista quer dizer algo através de suas produções, que suas obras abordam um tema, que muitas vezes, é preciso analisa-las dentro de um contexto para compreender e talvez o mais importante, que não é necessário ser um especialista para apreciar obras de arte, para analisa-las talvez, mas que o essencial é captar a mensagem que o artista quer transmitir, buscando também lançar um olhar crítico sobre a nossa realidade, onde na maioria das vezes, é o objetivo do artista.

Com relação a interdisciplina de teatro, não poderia deixar de comentar, pois ela foi muito marcante e produtiva, pois a realização das atividades propostas envolveram muito a prática. Neste período estava acompanhando o pré-escolar, da escola onde trabalho e todas as atividades foram aplicadas nesta turma.

Foi desenvolvido um trabalho envolvendo consciência corporal, noções básicas de expressão corporal, facial e também envolvendo a imaginação, pois tudo isso, verificamos que são pecas fundamentais do teatro e combinaram perfeitamente com as atividades desenvolvidas para a turma do pré-escolar que estava sendo iniciada neste processo.

Outro fator marcante, foi a superação dos nossos próprios medos e limites ao representar uma peca teatral para os colegas. Foram muitos ensaios e com eles momentos de descontração até o grande dia, que ficará marcado para sempre em nossas memórias, assim como as lições da professora Maximira que nos acompanhou durante este eixo.

Acredito que aprendizagens como estas, estiveram envolvidas durante a realização do estagio, de forma direta e indireta, pois através delas, direcionamos nossa prática, e também nossa forma de pensar. Com relação ao trabalho de conclusão, penso que estas experiências possam ser utilizadas, talvez como exemplo, fundamentação ou simplesmente como enriquecimento pessoal e profissional.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

EIXO II

Nesta semana visitei as interdisciplinas do eixo II, de uma forma geral, relendo aquelas que considerei mais significativas. Ao reler as atividades do Seminário Integrador II, visualizei uma atividade que foi muito gratificante realizar, o memorial da infância e memorial da escola. Nestas atividades trouxemos dados pessoais, profissionais, fotos, relatos e por fim estabelecendo relação com fatos ocorridos na sociedade em geral em forma de linha do tempo da nossa vida e de datas marcantes a nível nacional.
Na época pensei que o objetivo da atividade fosse meramente para nos conhecer melhor e também o local onde cada um de nós trabalhava, porém agora vejo que este era apenas um dos objetivos, além da prática de uma metodologia diferenciada, prazerosa que nos permitia comparar nossa realidade a realidade da sociedade em geral, buscando assim fazer conexões e reflexões dentro de um contexto mais amplo.
Repassando esta atividade, percebi o quanto ela foi significativa, tanto que durante a realização do estágio também apliquei com meu alunos, conforme planejada no projeto desenvolvido.
Acredito que para os alunos ela também tenha sido muito significativa, pois eles conseguiram fazer conexões da sua vida pessoal com fatos ocorridos na escola, sendo que o projeto do estagio tinha como tema os 20 anos da escola e por esse motivo trabalhamos alguns acontecimentos importantes da mesma comparando com datas também importantes para cada um, como nascimento, aniversario, enfim.
Penso que esta atividade possa ser usada por mim durante o relatório do TCC, pois se trata de uma pratica realizada que teve bons resultados, podendo servir de exemplo e/ou evidencia de algum texto ou idéia de algum autor.

domingo, 19 de setembro de 2010

EIXO I

Esta semana retomei alguns textos do eixo I, conforme solicitação do Seminário Integrador IX, visando embasamento e/ou auxílio nas pesquisas do trabalho final do curso.

Pois bem, confesso que os textos lidos não me proporcionarão muitos subsídios para o trabalho de conclusão, pelo menos diretamente não, tendo em vista que o meu foco é aprendizagem de alunos com deficiência intelectual e os textos abordam temas relacionados com o trabalho docente, porém resolvi escolher  a interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo que abordou muitos textos de Paulo Freire, porque considero oportuno em qualquer tempo retomar algumas palavras deste autor, bem como outros textos esclarecedores no que se refere a currículo, PPP, regimento e demais procedimentos burocráticos no ambiente escolar.

Após a leitura de algumas atividades realizadas neste eixo, foi possível perceber o caminho percorrido durante o estudo da interdisciplina citada acima e fazer um comparativo com os conhecimentos prévios acerca deste tema. A visão que tinha sobre a documentação existente na escola não foi muito diferente daquela adquirida após o aprimoramento no estudo das mesmas, porém o que pude realizar foi uma pratica mais concreta do uso desses recursos, ou seja, mesmo sabendo do importante papel do PPP, regimento, currículo na escola, não sabia realmente como eles haviam sido construído e como poderiam contribuir na prática.

Durante a realização das atividades, pude me interar mais do conteúdo destes documentos, percebendo que eles foram construídos levando em conta a realidade dos nossos alunos, com o auxílio de pais, alunos, professores e que priorizava a valorização das habilidades e potencialidades dos alunos, buscando mesclar aos conteúdos, o desenvolvimento da autonomia, auto-estima e também qualidade de vida do público envolvido.

Hoje revisando atividades realizadas neste eixo, pude perceber como as leituras, aulas, atividades, enfim, contribuíram para que eu me interasse de alguns documentos contidos na escola, como eles podem auxiliar na prática, uma vez que estamos cientes do seu conteúdo e também de perceber que a escola onde trabalho desenvolve um trabalho responsável seja na prática, seja em sua constituição legal e burocrática.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Definindo Questão Central

Durante esta semana, estive visitando os eixos sugeridos para o mês de setembro, porém não me detive a nenhum, apenas visualizei os autores abordados como Paulo Freire, Giroux, Tardif, entre outros. Pretendo na próxima semana me aprofundar em algum destes, buscando enfatizar de que forma eles podem contribuir com o Trabalho de Conclusão de Curso ou apenas suas principais contribuições.

Ainda estou um pouco confusa com relação a pergunta central do TCC, pois não recebi comentários no pbwork, que me ajudassem a definir melhor a questão.

Mesmo assim, a partir dos comentários recebidos no portfólio, repensei sobre a questão e percebi que ela não estava expressando o tema que estou buscando pesquisar, ou melhor, que ela estava restringindo aquilo que pretendo estudar.

Após a reflexão sobre o tema, a realização de um pequeno roteiro sugerido pela professora orientadora do TCC, percebi que o tema no qual pretendo abordar se trata realmente da forma com que as pessoas com deficiência intelectual abstraem os conceitos, se existe diferença com relação as pessoas sem defciência, pois o que mais me intrigou durante o estagio, foi esta oscilação que existe quando trabalhamos determinados conceitos. Em determinados momentos eles parecem estar totalmente conservados, pouco tempo depois, parecem não terem sido trabalhados.

Percebi também que a forma como eles são vistos, favorece ou não nesta abstração, pois trouxeram fatos ou saberes vistos em anos anteriores que foram significativos para eles.
Com base nestas reflexões, reformulei a questão que ficou assim constituída:

Com relação a aprendizagem, há diferenças no modo de abstração dos conceitos,
em alunos com deficiência intelectual ou sem deficiência? Quais?

Mas, conforme citei anteriormente, ainda estou aguardando comentário da professora e orientadora do TCC, que podem me fazer retoma-la e modifica-la.

domingo, 29 de agosto de 2010

Reflexões

IX EIXO - Trabalho de Conclusão de Curso
Nesta semana, estive envolvida basicamente em definir a pergunta central para investigação do TCC.
No relatório de estágio trouxe algumas considerações possíveis de serem aproveitadas para pesquisa, porém não havia definido uma pergunta norteadora, conforme texto abaixo:
"Durante a realização do estágio diversas situações nos chamam atenção, sendo que a maioria delas pode ser bem aproveitada como objetos de pesquisas. Dentre todas elas a que mais me provocou inquietude, angústias, muitas dúvidas e consequentemente curiosidades foi a forma como ocorre a aprendizagem nas pessoas com deficiência intelectual, vista por outros pesquisadores, além de profissionais da educação, como por exemplo, neurologistas, médicos, neurocientistas, enfim, que pudessem explicar, o funcionamento do cérebro destas pessoas. Se existe diferenças com relação as demais pessoas sem deficiência? Caso sim, quais seriam? Como seriam? Se é possível observá-las? Como?
Tudo isso se deve ao fato de termos explicações para o desenvolvimento humano, apenas sobre a ótica de especialistas na área da educação, mas fiquei intrigada de como seria confrontar tais opiniões.
Outro fator que contribuiu com este olhar foi a inconstante forma de como estas pessoas fixam os conceitos, ora claramente definidos, pouco tempo depois, como se nunca tivessem existido. Tal reação teria relação com conflitos emocionais? Quais outras explicações teriam sobre isso?"
Após reflexão sobre os assuntos citados a cima optei em um primeiro momento, pela seguinte questão:
Existem diferenças no funcionamento do cérebro dos alunos com deficiência intelectual para os sem deficiência, no que se refere a aprendizagem?

Para me auxiliar com a pergunta central pretendo adotar também perguntas secundárias como:

Em caso afirmativo a questão central, quais seriam, como seriam, onde é possível observá-las?
Como a neurologia, psicologia, explica tal processo?
Como autores ligados a educação explicam tal processo?
Os conflitos emocionais podem interferir neste processo?
Contudo, penso que todos estes questionamentos estão em processo de amadurecimento, podendo ser retomados e modificados em qualquer tempo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Reflexões 9 semana

Para esta última semana meus comentários do portifólio não podem ser muito diferentes daqueles que foram o relatório do planejamento, pois é neste momento que paramos para analisar tudo que houve no decorrer do estágio, em uma avaliação final, onde os resultados de todo o processo e as ações que nos auxiliaram durante o mesmo, se repetem, uma vez que as atividades são todas ou em sua maioria finalizadas e com elas podemos visualizar com mais clareza as aprendizagens mais significativas durante o processo.
Neste sentido, não posso deixar de falar da atividade de sexta-feira, pois ela veio ao encontro de todas as expectativas depositadas ao longo do projeto. Através dela foi possível observar que os conceitos trabalhados vão se somando ao longo do tempo e ao final do processo, eles alcançam verdadeiramente o sentido almejado desde seu planejamento. Durante este dia realizamos a exposição dos trabalhos realizados durante o estágio e por esta razão, procurei deixar as “falas”, o máximo possível por conta dos próprios alunos, para que tanto os pais quanto eu mesma pudesse verificar o que realmente marcou para eles durante a execução das atividades. Fiquei realizada e muito, muito feliz, pois presenciei uma apresentação maravilhosa dos alunos, embora na maioria das vezes tenha sido representada pela aluna Lindenês, sendo ela a que mais falou, mas que ao mesmo tempo envolvia os colegas que demonstraram estarem tendo os mesmos entendimentos, mesmo sem tomar a palavra.
Iniciamos a exposição falando do tema abordado durante o projeto, no qual se referia dos 20 anos da APAE. Em seguida fomos apresentando cada produção nossa e como a realizamos cada atividade. Nestes momentos, busquei deixar os alunos falar o máximo possível, interferindo apenas quando a achava que deveria complementar alguma informação. Eles apresentaram de forma clara e objetiva cada material exposto, evidenciando o entendimento que tiveram neste período. Foram apresentados trabalhos realizados como: cartazes, fotos, texto fatiado, fotos de entrevistas, maquetes da sala de aula e da escola, linha do tempo e demais produções presentes na sala de aula, espaço este também apresentado na exposição. Os alunos lembraram de momentos realizados desde o início do projeto até o presente momento, contando detalhes e fatos que demonstram que o viram realmente teve sentido para eles.
Contudo, não há como não ficar contente e/ou até mesmo emocionada, ao ver o envolvimento e a empolgação dos alunos durante uma atividade como a exposição que marca a culminância do projeto. Dessa forma a avaliação que além de ser diária e cumulativa, atinge seu ápice neste momento tão esperado, e não é possível concluir outra coisa se não que o projeto alcançou seus objetivos, ou ao menos, grande parte deles, pois foi possível verificar aprendizagens significativas dos alunos, frente aos seus próprios relatos.
Durante esta semana recebemos também a visita da tutora Graciela Rodrigues que junto com a professora vinha acompanhando o trabalho realizado. Mesmo sabendo da necessidade destas avaliações, é inevitável a ansiedade que elas representam, pois são elas que determinam a qualidade do trabalho que estamos desenvolvendo, gerando com isso muitas expectativas, mas que no final são positivas e satisfatórias.
Dessa forma, posso dizer que este período de estágio me rendeu muitas experiências positivas e inesquecíveis, desde o envolvimento dos alunos, pais, colegas de trabalho, enfim, cada momento vivenciado foi maravilhoso e contribuiu muito na minha vida profissional e pessoal.
Só tenho a agradecer a todos que de uma forma ou de outra me ajudaram a vencer mais esta etapa.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Reflexões 8 semana

Na oitava semana tivemos como enfoque a Semana do Meio Ambiente, pois com ela foram desenvolvidas diversas atividades pela Secretaria Municipal de Educação do município. Assistimos a uma peça teatral chamada “De onde vem todas as coisas”. Com ela foi possível aprender algumas noções de preservação do meio ambiente e que gestos simples podem garantir um planeta seguro por muito mais tempo.
Visitamos a Feira da Biodiversidade, vimos como são cultivados produtos ecológicos, livres de agrotóxicos e que eles garantem um vida mais saudável. Além disso, vimos remédios caseiros, produções artesanais, plantas e sementes.
Foi muito gratificante poder passar valores importantes para uma melhor qualidade de vida através de atividades que alegram os alunos como teatro e exposições, pois dessa forma as aprendizagens são muito mais significativas e prazerosas.
Todas estas atividades combinaram muito bem com a confecção dos tapetes de Corpus Christi, pois trabalhamos valores como paz, amor, respeito, entre outros.
Mesmo pequena a semana foi muito importante, pois nos proporcionou momentos muito agradáveis e significativos.
Acredito que o desafio da professora Gabriela em que fossem desenvolvidas atividades diversificadas, aparentemente diferentes das tradicionais, mas que contemplasse diversas áreas do conhecimento, mas não mais despercebidas por mim, apenas pelos alunos, que mesmo trabalhando alguns conceitos, isso não seja tão evidente. Dentro do possível busco aproveitar momentos do dia-a-dia para desenvolver a prática de diferentes conceitos de forma mais natural possível, como por exemplo, contar em voz alta quando vamos verificar alguma quantidade, questionar o que estão realizando, pondo-os em dúvida para ver o que sabem ou avançar ainda mais.

Reflexões 7 semana

A sétima semana foi iniciada pela visita da professora Gabriela. Mesmo com todas as angústias que isso represente, acredito que tudo ocorreu conforme o planejado e segundo os comentários da própria professora, nosso trabalho está de acordo com o esperado, orientado.
É muito importante saber que temos o suporte necessário durante esta etapa tão significativa que é o estágio. Para mim sua visita significou o fortalecimento das minhas convicções no trabalho docente, uma vez que ela nos estimula a continuar o trabalho realizado, dando total suporte para que ele tenha um bom embasamento teórico e quaisquer esclarecimentos com relação a ligação da teoria com a pratica. Nos tranqüiliza quando deixa claro sua confiança em nosso trabalho e nos motiva quando pessoalmente é possível confirmar o que vem sendo visto em seu acompanhamento virtual.
Com relação as atividades realizadas, tivemos basicamente envolvidos com os endereços. Através deles tivemos acesso a mapas, onde visualizamos nosso país, estado, cidade, buscando sempre a ligação entre os conceitos estudados. O que de fato acontece, como por exemplo, quando exploramos os mapas, acabamos falando sobre a copa do mundo, percebendo que jogadores do país inteiro estariam reunidos em um só time e por isso não teríamos separação e rivalidades entre os times do Brasil, pois estaríamos todos torcendo por um mesmo time que une atletas de vários times brasileiros e fora do país.
Também foi possível perceber que os alunos estão desenvolvendo aos poucos o seu senso crítico, pois em nossa saída de campo para visualizar os comércios dos arredores da escola e seus endereços, um aluno comentou que temos o número dos locais, mas não temos placas com o nome das ruas, o que dificultaria o trabalho dos correios na entrega das correspondências.
Fiquei muito contente ao ver que os pais estão envolvidos no trabalho realizado na escola, respondendo aos questionamentos realizados, onde solicitava o endereço e responder se o endereço é importante e porque. Todos participaram e responderam ao solicitado.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Reflexões 6 semana

Com base nos comentários da professora Gabriela, dos quais lançou um desafio e ao mesmo tempo uma dica valiosa para com a minha prática, pois em meus últimos relatórios vim expondo minhas reflexões sobre uma pratica um tanto diferente dos moldes tradicionais, que envolvesse conceitos sem que os alunos percebessem que estavam os desenvolvendo como ocorreu na semana de preparação ao dia das mães, quando os alunos fugiram um pouco das atividades comuns de matemática, português, historia, geografia, enfim e se dedicaram a confecção do álbum das mães, presente, galeria de fotos, desfile entre outros, mas que no final das contas trabalharam conceitos presentes em diferentes áreas do conhecimento, sem que eu tivesse planejado isso propositalmente. Dentro desta perspectiva a professora me sugeriu e até me provocou que em meus próximos planejamentos isso ocorresse também, ou melhor, ocoresse de maneira consciente, previamente planejada.
Pois bem, foi isso que busquei desenvolver nesta sexta semana, com base no planejamento, ações que contemplasse conceitos de forma natural, desenvolvendo ao mesmo tempo a autonomia dos alunos em atividades desafiadoras e também me aproveitando das situações do cotidiano para trabalhar conceitos de forma indireta, como por exemplo, a prática da contagem em voz alta com todos os alunos presentes na aula, quando a merendeira confere para posteriormente servir o lanche.
Outro ponto foi uma atividade onde eles deveriam produzir um desenho coletivo, após uma pesquisa no LABIN, onde todos deveriam participar, antes disso deveriam discutir e decidir o quê produzir e uma frase para compor o desenho. Em um primeiro momento relutaram um pouco, mas depois aceitaram a proposta e desempenharam com capricho.
Estas e outras atividades desenvolvidas nesta semana, contribuíram para o desenvolvimento de diversos conceitos, contemplando variadas áreas do conhecimento e contribuindo para a conquista da autonomia, interação e socialização entre os alunos.
Contudo, percebi que as atividades desenvolvidas devem contemplar os mais variados conteúdos, conceitos, de forma diversificada e prazerosa, mas acima de tudo, que isso passe despercebido apenas pelos alunos, mas que ao olhar do professor, ocorra de forma consciente como afirma a professora Gabriela quando lançou o desafio para mim, em seu comentário sobre minhas reflexões do pbworks.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Reflexões 5 semana

A quinta semana foi marcada por dois principais fatores, porém um ao contrario do outro. Um está relacionado com as frustrações vividas durante esta semana em decorrência de atividades já realizadas em aulas anteriores e que para mim já estavam conservadas pelos alunos, mas que não foi bem assim e a outra da imensa alegria de realizar com os alunos uma visita ao Lar dos Idosos Dr. Paim Cruz, pela passagem do Dia da Solidariedade, tema este também trabalhado durante a semana.
Para ser mais clara, na aula de terça-feira, durante a exploração do material dourado, percebi que os alunos já não estavam respondendo a questionamentos que em aulas anteriores haviam realizado, mostrando dessa forma que algumas noções de matemática não estavam conservadas por eles.
Confesso ter ficado bastante frustrada em um primeiro momento, chegando a me questionar se eu é quem não estava sabendo expor para eles, conforme havia feito em outros momentos. Porém, após conversa com a professora regente da turma, ela me orientou que aquela seria uma situação normal em se tratando de pessoas com deficiência intelectual e com a possibilidade da existência de alguma síndrome associada.
Dessa forma, as angústias e reflexões a partir daquela situação me fizeram repensar a metodologia adotada. Percebi que devo sempre realizar o processo do início, para que as noções já existentes sejam conservadas e aquelas que ainda não foram adquiridas, sejam repassadas antes de seguir a diante. Por exemplo, já havia explorado com os alunos histórias matemáticas, brincadeiras da fazendinha com quantidades, adição, subtração e até mesmo sistema monetário, mas naquela terça-feira, após uma semana de atividades em comemoração ao dia das mães, onde não foram priorizados alguns conteúdos, como os da matemática, eles ficaram adormecidos e deveriam ser revistos desde o início novamente, relacionando número a quantidade, para posteriormente ser colocado as histórias matemáticas e praticado a resolução das operações.
Contudo, percebi que a cada aula, tenho que revisar conteúdos já trabalhados, para conseguir avançar um pouco de cada vez.
Com relação a visita ao Lar, foi muito bom levar um pouco de alegria a pessoas que tiveram um vida inteira de tantos a fazeres e hoje assistem os dias passarem. Os alunos apresentaram duas danças, cantaram com os vovôs e vovós, ouviram histórias de um vovô em especial, muito simpático por sinal. Realizamos atividades de integração, fazendo um momento de relaxamento e descontração e por fim entregamos uma lembrança produzida pelos próprios alunos e um bombom a cada um dos presentes.
Acredito ter sido uma experiência concreta de solidariedade, vivida por todos nós da escola, principalmente pelos alunos que participaram ativamente deste momento, o tornando em algo significativo e muito prazeroso em se recordar.

Reflexões 4 semana

A quarta semana foi sem dúvida muito gratificante, pois trabalhamos em função das preparações para homenagem as mães. É fascinante ver o entusiasmo dos alunos em realizar as atividades, uma vez que o tema os alegra bastante, pois envolve algo que apreciam e admiram.
Realizamos a confecção de um álbum contendo algumas frases e figuras coladas representando alguma palavra, desenho individual e um texto coletivo. Apresentamos a música Não existo sem você de Claudinho e Bochecha, sendo que ao final cada aluno entregou uma rosa para suas mães. Confeccionamos prendedores decorados para serem entregues junto com o álbum. Montamos um slide de fotos para ser exibido para mães durante o café da manhã que tomamos todos juntos, logo na chegada a escola. Também realizamos um desfile de modas utilizando as roupas das mães, que foram arrecadadas antecipadamente.
Para a realização de todas estas apresentações dedicamos a semana inteira, inclusive utilizando as aulas de educação física. Somente realizamos as aulas de informática para digitar o texto coletivo, produzido na sala de aula.
Em um primeiro momento, quando parei para realizar a reflexão semanal do relatório do estagio, pensei não ter muitos conteúdos a relatar, mas durante a elaboração do mesmo, me dei conta que realizamos um trabalho interdisciplinar, onde diversas áreas do conhecimento puderam ser contempladas sem que tivesse as planejado diretamente. Envolvemos leitura e escrita, na confecção do álbum, artes na confecção dos prendedores e até mesmo do álbum também, expressão corporal e facial no desfile de moda, música quando cantamos uma canção para mães e isso exigiu diversos dias de ensaio, enfim, até mesmo matemática quando contamos quantas páginas, quantas capas estávamos confeccionando.
Conforme relato também no relatório, tudo isso me fez refletir sobre um pratica mais voltada a atividades dinâmicas, onde os conteúdos possam ser trabalhados sem que percebemos que estamos trabalhando e ao mesmo tempo proporcione alegria, envolvimento, pois somente assim a aprendizagem será realmente significativa.

domingo, 2 de maio de 2010

Reflexões 3 semana

Nesta terceira semana não posso fugir muito daquilo que relatei no relatório do planejamento, pois conforme já citado no wiki pude refletir não somente sobre a prática em sala de aula, mas também contar com o auxílio do texto sugerido pela tutora Graciela Rodrigues, Educando o Olhar da observação – Aprendizagem do olhar de Madalena Freire Weffort, onde foi possível uma analise mais detalhada de como venho lançando meus olhares sobre meu fazer docente e sobre as situações vividas em sala de aula.
No decorrer da semana fui surpreendida com duas situações mais especificamente. A primeira foi durante a brincadeira da fazendinha, cujo a proposta inicial era de utilizar as peças para realizar cálculos matemáticos. Como relato no diário de bordo, os alunos não tiveram as ações que achei que teriam de criar diversas situações novas com relação a compra e venda dos animais da fazenda, pois acreditava que tivessem empolgados com uma proposta diferenciada e por essa razão isso acabaria sendo uma conseqüência. Porém, eles apreciaram a brincadeira, mas deram um rumo diferente daquele que eu pensei que fossem fazer, mas que não significa que não houve aprendizagem, pelo contrario, eles acrescentaram suas vivencias e expectativas na brincadeira, onde deixei que fluísse naturalmente e em conjunto com o que eu tinha proposto.
A segunda situação se refere a sexta-feira, quando em minha mente já havia definido que deveria incentiva-los com relação aos recursos existentes e faltantes em nosso município, pois acreditava que não teriam claramente definidos e precisariam de um empurrãozinho para fluir. Ao contrario do que imaginei, eles facilmente colocaram diversos nomes de recursos que temos, mas o que mais me surpreendeu foi com relação aos que não temos, o que também chamou a atenção de outros professores que viram os escritos no quadro.
O texto nos chama a atenção para como vemos o trabalho desenvolvido por nossos alunos, se é como eles realmente estão realizando, ou como nós mesmos gostaríamos que fosse. Também nos alerta para um fato comum, geralmente não escutamos as pessoas que nos cercam, porque na realidade não temos interesse em saber o que elas pensam, mas como nós gostaríamos que elas pensassem.
Foi isso que percebi que estava fazendo de forma indireta, pois antes do desenrolar das aulas eu já estava fazendo uma previsão de como os alunos iriam agir e indiretamente querendo interferir em suas atitudes.
Após a leitura do texto, parei para refletir primeiramente minhas próprias ações, pois como ele afirma, “a ação de olhar é um ato de estudar a si próprio”.
Neste sentido estou procurando aos poucos redirecionar meu olhar e minhas ações, pois quando nos antecipamos a uma atitude de nossos alunos, podemos estar sem querer interferindo o seu ponto de vista. Mesmo acreditando que me encontrava neutra frente as indagações dos alunos, pude refletir que minhas idéias de uma forma ou de outra estavam se antecipando as colocações que os alunos fariam, pois quando me dei conta de como fiquei surpresa com a reação deles é que percebi que somente fui surpreendida por esperar que agissem de acordo com as minhas expectativas.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Reflexões 2 semana

Esta semana o tema central pode-se dizer que foi a confiança. Conceito este que pude aos poucos conquistando no decorrer da segunda semana, uma vez que estava meio inquieta com o fato de não saber como os alunos reagiriam a minha proposta. Com o passar das aulas fui adquirindo mais confiança o que acabou resultando também na confiança dos alunos em mim.
Durante as aulas fiquei bastante contente com o envolvimento e participação dos alunos, mesmo necessitando do estímulo do professor, demonstraram dedicação ao que foi proposto.
Procurei dar continuidade ao trabalho realizado na semana anterior, buscando trabalhar as diversas áreas do conhecimento por meio de pesquisas, leituras, histórias matemática, confecção de maquete, atividades físicas, entre outras.
Houveram alguns contra tempos o que acabou atrasando algumas atividades do planejamento, porém quase todas foram reprogramadas e realizadas nos dias seguintes.
Tivemos a chegada de um colega novo e durante a semana tentei envolver os alunos procurando faze-lo sentir-se acolhido pelo grupo. Mesmo sendo um ex-aluno, o retorno sempre pode ocasionar certo constrangimento para o colega novo, mas acredito que tudo tenha dado certo, pois segundo as atitudes e relatos dos alunos mantiveram um bom relacionamento e entrosamento com o colega novo.

sábado, 17 de abril de 2010

Reflexões 1 semana

Após uma frustrada tentativa de pegar no sono...Voltei!
Aproveitei para escrever tudo que ainda estava quentinho na memória após o planejamento semanal.
Depois de uma semanada e tanto, por assim dizer, as reflexões e impressões são inúmeras. Pra mim foi tudo muito novo, pois é a minha primeira experiência como docente, mesmo estando há cinco anos trabalhando na escola.
Meu estágio está acontecendo na Escola de Educação Especial João de Barro, local onde já trabalhava. Estou trabalhando com o Ciclo II, que possui alunos entre 10 a 13 anos e apenas três alunos, mas mesmo pequena é bastante significativa para mim.
Esta semana pude conhecer um pouco de cada aluno, suas características físicas e afetivas, saber um pouco sobre suas famílias, local onde moram e também o ritmo com que cada um se desenvolve.
Procurei observar como cada um age, reage, buscando conhece-los melhor. É impressionante a facilidade com que eles tem de se relacionar, logo no primeiro dia se dirigiam a mim, como se fosse sua professora a tempos.
Isso me deixou muito contente e tranqüilizada, pois uma das etapas estava sendo superada, tendo em vista que não tem como alcançar resultados sem que haja uma boa interação entre professor-aluno.
Entre eles também se relacionam muito bem, ocorrendo apenas algumas discussões que facilmente são resolvidas e superadas.
Nesta primeira semana busquei trabalhar várias áreas do conhecimento através da leitura e escrita, histórias matemáticas, atividades físicas, coletivas, individuais, enfim, de acordo com meu planejamento e tudo aconteceu conforme o esperado.
Tenho consciência do grande desafio que é trabalhar seja com crianças especiais ou não, mas também estou começando a descobrir os encantos que isso significa.
Aprendi como grande lição desta semana a ouvir o que os alunos tem a dizer, pois eles sempre tem algo a nos oferecer. A partir do momento que os ouvimos, estamos os conhecendo melhor, aprendendo também com eles. Foi isso que procurei fazer nesta semana, em consonância com todas as atividades planejadas.
Até breve!!!

Postagens

Pois bem!
Vou iniciar expondo minha angústia por não ter passado antes por aqui. Desde a primeira aula presencial venho me organizando para colocar postagens aqui somente relativas ao estágio, não me dando por conta que poderia ja ter deixado algumas considerações como: a turma onde realizo o estágio, a escola, primeira aula presencial, enfim.
Agora só posso dizer que vou tocar daqui pra frente.
Mas antes quero trazer algumas informações úteis a professora e a tutora que me acompanharão neste semestre.
Venho acompanhando a turma na qual realizo o estágio bem antes de nossa aula presencial.
Já no início das aulas em março, participei da reunião com os professores, onde decidimos quem ficaria com qual turma. Desde então venho conversando a cada dia um poquinho com a professora Paula, regente da turma, para saber algo mais sobre a mesma.
Realizamos uma reunião com os pais dos alunos na sexta-feira antecedente ao estágio para colocar da realização do estágio, apresentar a professora, que todos ja conheciam, mas somente com a função de secretária.
Em princípio todos me acolheram muito bem se mostrando dispostos a contribuir com o que fosse necessário.
Até aqui foi isso. Amanhã retorno para trazer as reflexões sobre a primeira semana!!!!

domingo, 15 de novembro de 2009

LIBRAS

Desde o início do semestre esta interdisciplina me impressionou bastante, pois a minha concepção de LIBRAS era muito diferente daquilo que vimos, exceto pelo fato de acreditar que as pessoas surdas foram e são ainda descriminadas pela sociedade, que as julga injustamente de serem menos “capazes”.
Ao longo das leituras foi possível descobrir que este ensino é recente, pois até então se esperava das pessoas com deficiência auditiva, que viessem a se comunicar por leitura labial e que também elas pudessem falar ou murmurar para se fazerem entender. É muito triste a história destas pessoas que foram até bem pouco tempo, mal interpretadas e com isso expostas a um sistema de ensino diferente da sua realidade.
Como estamos vendo nos textos da interdisciplina, o ensino dos surdos obteve progressos relevantes, pois atualmente a LIBRAS vem inovando o ensino a estas pessoas, quando possibilita o uso de gestos, sinais, expressões corporais e faciais, sendo que isso não era permitido antes, conforme já mencionado anteriormente.Considerando o processo de inclusão que muito se vem discutindo e implantando, nossas escolas vem recebendo um número expressivo de alunos especiais que necessitam de professores capacitados para melhor recebe-los. Esta interdisciplina vem nos auxiliando neste processo de preparação, pois nos proporciona importantes reflexões a cerca da história dos surdos, sua cultura e comunidade, que como vimos são as formas como eles vêem e interpretam o mundo, se relacionam, suas crenças, hábitos, costumes, enfim, tudo isso contribuirá diretamente em nossa prática pedagógica se por acaso temos ou tivermos alunos com deficiência auditiva, embora saibamos que devemos sempre buscar nos aprimorar ainda mais.

sábado, 14 de novembro de 2009

EJA


No início do semestre estava bastante empolgada com esta interdisciplina, pois acreditava que ela contribuiria em nossa prática pedagógica, visto que presenciamos esta modalidade em nossa escola, embora um pouco diferenciada, em se tratando de educação especial.
Com o passar do tempo confesso ter ficada um tanto quanto frustrada, porque a interdisciplina abordou somente aspectos legais que constituem a EJA e sua história, embora compreenda a importância de estudarmos estas questões para entendermos também sobre a parte burocrática que envolve esta modalidade, mas sinceramente esperava ver com maior freqüência a parte prática envolvida neste ensino, por isso o motivo de ter ficado meio desanimada.
Somente com a saída de campo foi possível descobrir quem é o público da EJA, a idade destes alunos, o interesse deles em voltar a escola, enfim, foi somente após esta experiência que passei a imaginar como funciona a Educação de Jovens e Adultos a nível regional, considerando que visitamos uma escola de um município vizinho.
Fiquei bastante surpresa com o que encontramos, pois acreditava que o público da EJA fosse em sua maioria pessoas de mais idade, que em sua juventude não tiveram como estudar por um motivo ou por outro.
Encontramos uma clientela bastante jovem, composta em sua maioria por jovens e adolescentes que desistiram dos estudos na época apropriada e agora buscam uma complementação ou titulação que faz falta no mundo do trabalho, pois a maioria das empresas exige no mínimo o ensino fundamental completo.
Fiquei muito contente com a forma da qual fomos recepcionados na escola pela equipe diretiva e monitores, nos esclarecendo muitas dúvidas, respondendo aos nossos questionamentos e permitindo que entrevistássemos os alunos em sala de aula.
Somente agora encontrei a motivação da qual esperava nesta interdisplina, pois foi possível estabelecer relações dos textos lidos com a prática que presenciamos.

sábado, 3 de outubro de 2009

APENAS UM DESABAFO...

Considerando que este espaço é utilizado para reflexões, aprendizagens, duvidas e angustias de uma forma bastante particular, gostaria de registrar e esclarecer alguns detalhes que acredito foram mal compreendidos e acabam por acarretar ao invés de reflexões e crescimento, em frustrações e angustias.
Com relação a minha compreensão do verdadeiro significado do portifólio de aprendizagens, não tenho duvidas do que ele representa, conforme já mencionei acima, ele nos proporciona um espaço onde podemos expor nossa maneira de pensar, conteúdos, atividades produzidas por nós, consideradas relevantes em nossa caminhada, pois toda e qualquer atividade que realizamos, não deixa de ser por si só original.
O dialogo e a interação com os tutores e professores são fundamentais neste processo de aprendizagem, pois possibilitam que reflitamos ainda mais sobre o que realizamos e como estamos organizando e expondo nossas idéias.
Neste sentido, confesso ter ficado surpresa ao ser orientada sobre o significado do blog de aprendizagem e a publicação de atividades realizadas em outras interdisciplinas, da forma como foi colocado, pois este não é um habito muito presente neste espaço, conforme consta nas postagens dos semestres anteriores. Apenas após conversar e visitar vários blogs de colegas, constatei que esta é uma pratica que vem sendo utilizada a muito tempo e com muita freqüência por vários colegas e que nunca foi reprimida, tendo em vista que também são resultados de reflexões realizadas nestas atividades. Penso que todas nós, alunas do Pead, devemos e somos avaliadas da mesma forma, embora por tutores e professores diferentes, por essa razão publique duas atividades, consideradas por mim as mais significativas de cada interdisciplina, porém não significa que tenha feito isto por não compreender o significado do portifólio de aprendizagens, mas porque acreditava ser uma pratica constante e permitida.
No que se refere às indagações feitas a partir das atividades, acredito serem muito significativas e realmente estarem contribuindo em meu processo de aprendizagem.
Contudo, como já mencionei, gostaria apenas de desabafar...

Retomando postagens2

Conforme os comentários referente a segunda postagem, dos quais pedem exemplos mais concretos de situações em sala de aula envolvendo as diferenciações em relação a e fala e a escrita, estou retomando a mesma com este objetivo.
Com a relação ao exemplo citado, que atualmente recorremos a diferentes formas de comunicação e que estas podem facilitar nosso dia-a-dia. Quero salientar que estou apenas dizendo que atualmente as utilizamos, não que estas podem ser chamadas de atuais, porem, de certa forma, pode até ser. Pois bem, estou me referindo as formas de comunicação como sms, mensagens instantâneas entre outras, das quais utilizamos uma escrita bastante restrita, seja para economizar nas mensagens, seja para ganhar tempo. Estas são praticas bem comuns hoje em dia, fora do contexto escolar, e que poderiam muito bem ser trabalhadas em sala de aula, como exemplos das diferentes formas de comunicação e de como e onde devemos e/ou podemos utilizar cada uma delas.
No ambiente escolar, as linguagens exploradas geralmente são as formais, tendo em vista o modo correto de utilizá-las. Embora muitas vezes, saibamos a maneira correta de utilizar a linguagem escrita ou oral, em nosso cotidiano, também por influencia das pessoas com as quais convivemos, acabamos por utilizar mais frequentemente uma linguagem informal. Acredito que ao invés de apenas criticar estas formas diferentes de se comunicar conforme exemplo citado anteriormente, deveríamos nos aproveitar delas para dar testemunho de quando e onde elas poderiam ser útil, mas sem esquecer as maneiras mais adequadas de utilizar a linguagem escrita e oral que a meu ver seria a forma correta do uso língua portuguesa.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Retomando postagens

A partir dos comentários e questionamentos deixados, volto à primeira postagem sobe a atividade de Didática denominada como “Pai da Didática”.
Com relação ao ensino igual para todos no qual relato nesta postagem, gostaria de esclarecer que estou apenas me referindo ao direito que todos os cidadãos tem a uma educação de qualidade, independente da classe social que faça parte, conforme reflexões a cerca das leituras realizadas sobre as contribuições de Comênio para a pedagogia. (Reble, 1987, p. 110).
Quanto as contribuições que a atividade de Didática trouxe para a minha vida profissional, acredito que posso citar como mais relevante o fato de analisarmos e refletirmos sobre nossa pratica docente a partir da pedagogia iniciada por Comênio, que marcava o termino da idade media e o inicio da idade moderna. Da mesma forma que os princípios gerais da didática exprimiam o espírito conservador e renovador do momento, ou seja, enquanto por um lado, na exposição docente do conteúdo, na passividade do aluno a quem cabe apenas ouvir, destaca-se, por outra parte, como nova forma de ensino, a imitação da natureza, a observação e experimentação, os processos das artes mecânicas, os métodos da nova forma de trabalho e da ciência.
Assim como Comenio, presenciamos em nossa pratica a preocupação com uma metodologia de ensino onde os alunos aprendam mais e melhor.
No que se refere a construção da minha própria autonomia enquanto educadora, dentro de uma perspectiva de autonomia estabelecendo relações com a capacidade de o sujeito pensar pelas suas próprias idéias, penso que as aprendizagens adquiridas ao longo dos semestres tem contribuído positivamente neste processo, pois conforme vamos adquirindo conhecimento sobre determinado assunto, vamos também construindo nossas próprias idéias acerca destes assuntos, que nem sempre estão em concordância com as idéias já existentes ou que nem sempre nos levam a pensar da mesma forma que pensávamos antes.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Linguagem e Educação

Múltiplas Linguagens

# Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?

A partir do texto “A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais” de Trindade Dalla Zen, fica evidente que não falamos, lemos ou escrevemos sempre do mesmo jeito, pois existem variações lingüísticas devido às diferenças culturais próprias de um determinado grupo social, o que modifica nossa linguagem escrita e oral. Conforme Kleiman, 1995:

A escrita também não é uma modalidade fixa, não é sempre formal/ sofisticada/planejada, assim como a fala não é, em todas as situações de comunicação, informal/coloquial e sem planejamento."

Como podemos perceber, nossa maneira de falar e escrever varia de acordo com o ambiente/situação a qual nos encontramos, logo, se estamos entre amigos por exemplo, não faremos uso de uma linguagem formal, mas se estivermos nos referindo a alguma autoridade, então devemos trata-la de forma adequada. Acredito que do mesmo modo deva ocorrer no ambiente escolar. Enquanto educadores, devemos abordar estas questões com nossos alunos de maneira que saibam diferenciar as varias formas de utilização da linguagem oral e escrita, sobretudo nos dias atuais, onde estamos constantemente em contato com diferentes formas de comunicação e podemos recorrer a certos recursos para facilitar nosso cotidiano. Acredito ser de grande importância trazer para nossos alunos outras formas de linguagem escrita e oral além daquelas que habitualmente oferecemos na escola, uma vez que elas já se fazem presentes fora do contexto escolar e podem ser muito bem utilizadas por eles, desde que tenham discernimento em sua utilização
nas diferentes situações

"Pai da Pedagogia"

Através das leituras disponibilizadas pela interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, que falavam das contribuições de Comênio para a Pedagogia, foi possível encontrar em nosso cotidiano escolar, vários elementos da pedagogia de Comênio. Isso porque podemos observar atualmente, por parte dos profissionais da educação uma preocupação em respeitar a capacidade de compreensão do aluno, seus interesses e cuidar da motivação dos mesmos, por meio de aulas diversificadas e prazerosas.
Assim como Comênio, ainda hoje buscamos contemplar aspectos importantes como: Ensino igual para todos, independente da classe social, formação de sujeitos mais autônomos, capazes de pensarem por suas próprias idéias. Destacando também a importância do bom relacionamento entre alunos e professores para um melhor ensino-aprendizagem.
Finalmente uma preocupação que é bastante pertinente, que naquela época como nos dias de hoje e que dispensa comentários: “Investigar e descobrir o método o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais”.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Desenvolvimento Moral

A partir da leitura dos textos indicados pela interdisciplina de Psicologia II, sobre o desenvolvimento moral da criança, foi possível pensar em uma situação agressiva ocorrida em meu cotidiano escolar, porém após as reflexões proporcionadas pelos textos, não as encarei meramente como violentas, mas pude perceber que certas atitudes dos alunos, estão refletindo o modo como eles estão pensando naquela fase do seu desenvolvimento.
Os alunos estavam se dirigindo para o refeitório quando dois colegas começaram a rir, parecendo estar olhando para um terceiro, este que não ouviu a conversa, porém achou que estivessem rindo dele, partiu para cima de um dos colegas o peitando, perguntando por que estavam rindo dele, o que gerou alguns empurrões. Em seguida houve a intervenção de uma professora que estava mais próxima dos alunos, para que a situação não se agravasse ainda mais. Mais tarde, a professora regente, levou os alunos para conversarem em outra sala, separados dos demais alunos e tudo foi esclarecido através do dialogo.
Tratava-se de alunos com idades entre 8 e 12 anos, da escola especial, na qual trabalho atualmente. Por se tratarem de alunos com deficiência mental, acredito que o desenvolvimento moral se desenvolva um pouco mais tarde, em consonância com o próprio desenvolvimento cognitivo e intelectual que se faz de forma mais lenta.
Segundo o texto “Significações de violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?” de Jaqueline Picetti, com base na teoria de Piaget:

“... Piaget (1994) observou que, até em torno dos dez anos, os atos são avaliados segundo seus resultados, independente das intenções. Como podemos observar no relato acima, Cristiano, provavelmente, avaliou o ato do colega Igor pelo seu resultado, isto é, o empurrão. Cristiano, possivelmente, ainda encontre dificuldades em se posicionar em relação ao pensamento de outra pessoa, conseguindo pensar apenas a partir do seu ponto de vista, o que, da mesma forma, foi estudado por Piaget como característico do processo de desenvolvimento moral.”

Dessa forma, na situação descrita anteriormente podemos observar que o aluno não conseguiu pensar no ponto de vista dos colegas e agiu de acordo com o seu ponto de vista, demonstrando estar avaliando os atos, realmente pelos resultados, independente da intenção que o colega pudesse ter.
Neste sentido, acredito que a escola deve agir de forma a contribuir com um desenvolvimento moral autônomo. Pois, de acordo com os textos, podemos observar duas formas com as quais o desenvolvimento da moralidade procede: a primeira denominada heteronomia, o qual o sentimento de respeito é imposto pelo adulto; e a segunda nomeada de autonomia, no qual a criança identifica o sentimento que ele deve ter em situações de conflito moral, assimila e põe em prática, sem necessariamente haver a imposição de uma autoridade. Porém o que vemos acontecer na maioria das vezes nas escolas é um incentivo maior da primeira.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Projeto de Aprendizagem - CHIMARRÃO

Dia 25/05/09

Neste dia realizamos nosso primeiro encontro na casa da Leticia. Nosso objetivo era eleger uma pergunta central para o Projeto de Aprendizagem. Como de costume tmamávamos um chimarrão enquanto discutíamos uma tema para o PA. Vários foram os cometários, sugestões de pesquisas, mas nenhuma opção nos pareceia atrativa, de modo a nos manter interessados em dar continuidade nas pesquisas. Parecia que sempre ficava faltando algo ou as´dúvidas ou as certezas, enfim não estava completo.
Após várias ideias, ainda mateando, pensamos...que tal pesquisar sobre o chimarrão, visto que é um hábito sempre presente em nossos trabalhos. Foi então que sentimos que nossas expectativas tinham sido alcançadas e ficamos bastante curiosas para descobrir o máximo possível sobre o tema.
Neste mesmo dia, já definimos algumas certezas e dúvidas, mas nao registramos nennhuma.
A pergunta ficou assim definida:

"Como surgiu o hábito de tomar chimarrão no Rio Grande do Sul e qual a sua influência no modo de viver dos gaúchos?"


Dia 05/06/09

Neste dia o encontro foi na minha casa. Como sempre, o chimarrão estava presente!
Nos encontramos para definir nossas dúvidas e certezas com relação à nossa pergunta central.
Conforme ja descrito anteriormente, no nosso primeiro encontro definimos alguns certezas e dúvidas e nesse encontro nosso objetivo era registrá-las, como o fizemos, bem como acrescentamos outras.
Organizamos o nosso PBworks criando páginas para o mapa conceitual, diário de bordo, plano de trabalho, síntese final, etc.
Elegemos alguns itens para o nosso plano de trabalho, o qual servirá de orientação para o desenvolvimento de nossa pesquisa.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Educação Especial

Ao ler as postagens do fórum da interdisciplina de educação especial, me chamou a atenção o último comentário da colega Dulce, onde fala do cuidado do professor que trabalha com o autista, em não criar um mundo para ele. Além de concordar com a ideia, pude refletir um pouco da vivencia que tenho com estes alunos, embora não trabalhe diretamente com eles. Presencio minhas colegas trabalhando com alguns alunos autistas e posso dizer que o sucesso no atendimento dependerá muito do vinculo estabelecido entre professor e aluno. Acima de tudo o professor deve procurar compreender a maneira que o aluno autista pensa, pois ele vê o mundo de maneira diferente da nossa, logo, não podemos esperar ações de sua parte, semelhantes as nossas ações. Ao mesmo tempo em que se deve desafiá-lo deve-se também ter o cuidado de não querer exigir ações completamente diferentes da sua maneira de pensar. É necessário conquistar sua confiança e aos poucos criar situações onde ele possa mostrar sua maneira de ver o mundo. Neste sentido, acredito que os profissionais da escola onde trabalho, procuram dar o melhor de si para o desenvolvimento destes alunos, porem isso não bastaria se não houvesse também o conhecimento e o comprometimento no trabalho desenvolvido.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Seminário Integrador VI

Ao realizar a atividade 3 do Seminário Integrador fiquei pensando qual o sentido desta atividade, pois o comentário da tutora estava bom, não necessitando refazer o relatório. Após voltar no relatório e dialogar com a tutora sobre os motivos que me levaram a construí-lo daquela forma, percebi que o objetivo da atividade era justamente este, nos fazer repensar nossas atividades por meio também da interação com professores e tutores.
Ao atender ao solicitado na atividade 3 do seminario, estive relendo o comentário feito pela tutora Roberta. Como ela mesma cita, consegui atender ao solicitado na analise, trazendo minhas reflexões pessoais. Acredito que isso se deva ao fato de que quando analisamos algo, utilizamos de nossas concepções para ver o trabalho do outro, logo se não tivermos algum entendimento sobre aquilo que estamos analisando, corremos o risco de fazer um julgamento errado sobre o que estamos analisando. O roteiro disponibilizado pela interdisciplina foi bastante útil, permitindo uma seqüência lógica na analise, sem que faltasse nenhum ponto ou outro se repetisse.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

A partir das discussoes realizadas sobre esta interdisciplina, sobretudo as indagacoes surgidas no forum, gostaria de destacar uma em especial feita pela Zezé (“fiquei pensando quanto educadora, o quanto este processo de exclusão sobre essa educação ainda habita em nós? em nós educadores, o quando de estigma latente nos assombra ainda, o quanto ainda de preconceito paltado no determismo, na piedade ainda habita em nós?”) e relatar minhas reflexoes a respeito: Fiquei analisando que este processo de exclusão, preconceito e piedade se mescla em nosso pensamento, em nossa maneira de ver o mundo, pois sempre fomos induzidos a gostar do que é “perfeito”, de querer aquilo que é melhor, mais bonito, enfim, valorizar as coisas e as pessoas pelo seu aspecto físico. Diante do que é imperfeito, digamos assim, ficamos confusos, assumindo certas posturas como: ignorar, ter pena, julgar, entre outras. Tudo isso somado a falta de capacitação e informação por parte dos educadores, tende a resultar em tentativas fracassadas de inclusão. Pois, se continuarmos vendo nosso aluno deficiente como “coitadinho”, não estamos o ajudando, porém se ignorarmos suas limitações também não estamos agindo certo. Acredito que para a inclusão acontecer realmente, além do papel, devemos em primeiro lugar ter consciência de nosso próprio preconceito, conosco e com os outros. Aceitar o diferente como normal, fazer de tudo para tratá-lo como tal, apostando em seu potencial, mas conhecendo sua realidade e sua limitação. A capacitação dos professores é fundamental neste processo, acredito, porém não basta apenas conhecer formas de se trabalhar com estas pessoas, é preciso também aceitá-las de coração, buscando mudar a visão errada que a sociedade tem delas, julgando-as incapazes e dignas de pena, na maioria das vezes por desconhecê-las. Atualmente nem nossas escolas nem tão pouco nossa sociedade está preparada (física e emocionalmente) para receber pessoas com necessidades educacionais especiais, porém isso não significa que não possamos, aos poucos integrar e socializar alunos especiais com alunos da rede regular, após um trabalho de conscientização, aceitação e convivência entre ambos, para então pensar em uma inclusão responsável.

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II

Diante das atividades, textos e aprendizagens ocorridas neste semestre, gostaria de citar uma atividade realizada nesta interdisciplina, pois ao me deparar com esta atividade de relatar qual aprendizagem tenha considerado mais significativa para mim, fiquei um bom tempo pensando, repensando e com isso foi como se assistisse ao um filme em minha cabeça, relembrando minhas vivencias e experiências. Ao longo de minha vida, inúmeras foram as aprendizagens, sejam escolares, particulares, de origem social, cultural, política, econômica, enfim. Não faltaram oportunidades para que pudesse aprender algo novo.
Na escola, graças, sempre tive certa facilidade em assimilar os conteúdos ou ensinamentos que me eram repassados, mesmo não me orgulhando tanto assim do modelo de ensino da época. Quando criança, tive aulas de ballet, patinação, taekwondo, freqüentei CTG e tudo que meus pais podiam fazer para me oferecer uma melhor qualidade de vida, eles o faziam. Porém na minha adolescência, ao perder um ente querido da família, fiquei muito revoltada com relação a religião e até mesmo com Deus.
Passada esta fase, sem que houvesse um acompanhamento psicológico, pois não aconteceram mudanças externas significativas, superei os sentimentos ruins, ou ao menos consegui conviver melhor com eles, buscando compreender e valorizar a vida que tinha. Porém, foi de onde eu menos esperava que veio a maior e mais bela lição que tive ao longo de minha história. Há cinco anos atrás fui convidada a trabalhar em uma escola especial. Fiquei bastante contente, porém não imaginava que fosse aprender tanto com pessoas que julgamos precisarem de nós, ao menos até que as conhecemos.
Durante minha infância, embora fizesse várias atividades, estive bem acima do peso considerado normal, porém na pré-adolescência e posteriormente, fui crescendo e perdendo peso, chegando ao considerado ideal. Entretanto o que não havia perdido era sensação de estar gorda, e por este motivo me sentir de alguma forma menos importante, querida ou bonita e diversas vezes, ficava triste por não ter o corpo desejado, a altura ideal, os olhos claros, entre outras coisas que vamos inventando quando não estamos de fato realizados ou completos.
Apesar de tudo, sempre me considerei uma pessoa que valorizava a vida, as pessoas a natureza, enfim, mas foi no ambiente escolar, que descobri o verdadeiro sentido de viver, de valorizar as pequenas coisas, a gostar primeiro de si mesma, para poder gostar do próximo. Convivendo com pessoas que teriam muitos motivos para serem infelizes, situação financeira, as limitações físicas e mentais, entre outras situações que deixariam qualquer pessoa normal, um tanto sofrida ou fragilizada. No entanto, foi com o exemplo delas que passei a valorizar mais a minha vida, minha família, respeitar o outro como ele é e acima de tudo, parar de reclamar pelo que não temos e passar a agradecer e valorizar o que temos. É bem verdade que nem todas as pessoas com as quais convivi são igualmente sábias ao ponto de aprender a viver com as suas limitações, mas tiveram e ainda têm algumas que me ensinaram o suficiente para se tornar inesquecível em minha memória. Uma lição de vida, um exemplo de humildade, bondade, sinceridade, valorizando as pessoas pelo o que elas são, não pelo o que elas tem. Foi então que percebi que é nas pequenas coisas que aprendemos grandes lições. Aprendi a não reclamar tanto da vida e isso para mim foi muito importante, pois ajudou a me tornar uma pessoa um pouco melhor do que eu era, na medida em que presenciava grandes exemplos de superação, de força de vontade, sem jamais demonstrar desânimo, cansaço ou queixar-se da vida.
Acredito que todos com os quais convivi até aqui, contribuíram de alguma forma neste processo que considero de amadurecimento, mas sem dúvida, o exemplo de alguns pais de alunos, foi único, proporcionando uma grande conquista em minha vida, a de aprender a viver em harmonia comigo mesma.
Resolvi relatar um pouco da minha historia, para possibilitar o entendimento de que ao longo dela, o maior desafio para mim, não esteve nos livros, no manuseio com a informática, na pratica de esportes, não que estes tenham sido tarefa fácil, porém o mais difícil, foi olhar para dentro de mim e me aceitar como realmente sou, aprendendo a conviver com os defeitos e virtudes e acima de tudo, estar aberta a aprender com tudo e com todos.
Se compararmos o texto acima com a teoria de Piaget, mais especificamente o construtivismo, podemos identificar a presença de alguns conceitos do qual a teoria se fundamenta, como explicitado no texto “O que é o Construtivismo“ escrito por Fernando Becker:
...“Sujeito e objeto não têm existência prévia, a priori: eles se constituem mutuamente, na interação. Eles se constroem. Como? O sujeito age sobre o objeto, assimilando-o: essa ação assimiladora transforma o objeto. O objeto, ao ser assimilado, resiste aos instrumentos de assimilação de que o sujeito dispõe no momento. Por isso, o sujeito reage refazendo esses instrumentos ou construindo novos instrumentos, mais poderosos, com os quais se torna capaz de
assimilar, isto é, de transformar objetos cada vez mais complexos. Essas transformações dos instrumentos de assimilação constituem a ação acomodadora. Conhecer é transformar o objeto o transformar a al mesmo. (O processo educacional que nada transforma está negando a si mesmo.) 0 conhecimento não nasce com o indivíduo, nem é dado pelo meio social. 0 sujeito constrói seu conhecimento na interação com o meio tanto físico como social.”

Como vimos o conhecimento depende de um processo de construção, que está diretamente ligado as interações com meio social. Portanto, o processo de aprendizagem descrito no texto, demonstra que por meio da interação com as pessoas especiais e seus familiares, novos valores foram agregados aos já existentes, transformando as estruturas, estabelecendo relação aos conceitos de assimilação e acomodação também descritos na teoria construtivista.
Para que a aprendizagem ocorresse foi necessária também a iniciativa do indivíduo, ou seja, ela aconteceu porque partiu de um interesse pessoal de tornar-se um indivíduo renovado, a partir do exemplo de outras pessoas. Por isso acreditamos que para algo possa realmente se tornar significativo, tem que partir dos interesses de cada um, pois contempla suas curiosidades e necessidades.
Um outro ponto que basicamente resume o construtivismo no meu ponto de vista, é que somos seres inacabados e estamos em constante processo de aprender, por isso, mesmo passando por momentos turbulentos em nossas vidas, podemos superar e aprender sempre coisas novas, como aconteceu comigo, de acordo com o relato descrito anteriormente.

segunda-feira, 30 de março de 2009

QUESTÕES ÉTNICO RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA

Nossa aula presencial da Interdisciplina Questões Étnico Raciais na Educação: Sociologia e História aconteceu dia 26 de março de 2009.
Achei pertinentes as explicações feitas pelo professor Nilton, pois através delas foi possível diferenciar conceitos de raça e etnia, antes vistos por mim, como sendo iguais. Percebi que o conceito raça, já não é tão utilizado por estudiosos porque implica uma ligação biológica, diferente de etnia que significa as ligações culturais entre povos. Portanto, quando nos referimos a raça indígena por exemplo, estamos incluindo todas as etnias existentes dentro dela, como Tupis, Guaranis, entre outros. Contudo devemos ter esta consciência de que mesmo sendo de uma mesma raça, podemos assumir costumes e hábitos diferentes, pois não podemos classificar que pessoas da mesma raça sejam todas iguais.
Outro assunto que foi bastante discutido, foi a questão do preconceito e racismo, pois como iremos trabalhar estas questões com nossos alunos, se não soubermos diferenciá-las? Gostei da forma como o professor esclareceu e inclusive utilizando exemplos. Segundo ele, quando falamos algo para alguém, que de alguma forma estamos fazendo com que ela se sinta inferior a nós e a sociedade, estamos sendo racistas, mas quando julgamos esta pessoa por acharmos que ela possa ser diferente de nós ou dos padrões que julgamos convencionais, estamos sendo preconceituosos, pois não aceitamos a diferença no outro, porém isso não irá fazer com que ele se sinta inferior de alguma forma.
Estas explicações são muito bem vindas, pois nos auxiliam de que forma devemos trabalhar estes temas com nossos alunos, assumindo uma postura neutra diante das diferenças, respeitando as individualidades de cada cidadão.

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

Nossa primeira aula presencial de Filosofia da Educação aconteceu no dia 23 de março de 2009.
Confesso não ser uma disciplina que desperte tanto interesse em mim, quanto as outras, mas durante este eixo vou encará-la como um desafio, visto o tamanho de sua complexidade.
Através das explicações do professor, pude perceber que filosofia, além de outras coisas, também pode ser vista como argumentar, conceito este, já trabalhado na Interdisplina do Seminário Integrador e que foi ainda discutido durante a aula, nos levando a compreender que quando simplesmente respondemos a um questionamento de forma direta e objetiva não estamos argumentando, porém quando respondemos ao questionamento, explicando os porquês da resposta, aí então estamos argumentando. Outra colocação que considerei importante foi que,em filosofia, estamos convidados a questionar o óbvio, duvidar talvez, construir novas idéias sobre o que julgamos ter certeza, enfim, pensar...sobre si e sobre o mundo, buscando descobrir o novo.

SEMINÁRIO INTEGRADOR VI

Nossa primeira aula presencial foi iniciada pela interdisciplina do Seminário Integrador VI, no dia 18 de março de 2009. Junto com ela veio também a responsabilidade, que a cada eixo torna-se um pouco maior. Ao lado das responsabilidades está nossa satisfação em estar cursando o último ano com interdisciplinas, o momento tão esperado se aproxima e com ele, todas as nossas angústias, porém com um gostinho de felicidade, pois a cada etapa concluída, fica além do sentimento de dever cumprido, a certeza de ter dado mais um passo na busca pelo conhecimento.
Contudo gostaria de registrar o quanto achei produtiva nossa primeira aula, porque trouxe novamente como enfoque, os Projetos de Aprendizagem, tão discutidos e tão novos para nós. Pela primeira vez, realizamos uma pesquisa de verdade, digo isto, porque até então, as pesquisas das quais realizava, envolviam um tema, que nem sempre era escolhido por nós, e dentro deste tema se fazia uma pesquisa, ou melhor, se buscava maior número de informação sobre ele, porém geralmente eram respostas prontas, com no máximo alguma entrevista. Os PA ao contrário, nos deixaram meio perdidos no início, justamente por não aceitar respostas prontas, tínhamos que construir hipóteses nas quais considerávamos certezas e dúvidas. Essa nova maneira de fazer pesquisa, para nós não foi muito fácil, pois estávamos acostumados a trilhar por caminhos já conhecidos. Trabalhar com conceitos, foi para mim, a parte mais difícil e ainda não me sinto segura para trabalhar com os mesmos, mas acredito que aos poucos conseguirei superar mais esta etapa. O mais importante já foi feito, descobrimos uma nova forma de se fazer pesquisa, de encontrar respostas novas, que não estão disponíveis em livros ou na internet, mas que vamos construindo no decorrer de nossos estudos e que nesta caminhada existem poucas certezas, apenas suposições a partir de dados concretos. Agora penso que o próximo passo seja aprender a coordenar tais projetos, para poder aplicar esta experiência também com nossos alunos, sem que o objetivo se perca.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Plano Individual de Estudos

Analisando meu Plano Individual de Estudos, pude verificar que as pesquisas das quais me propus a realizar, que se tratavam de pesquisas em torno das tecnologias e aprofundamento na teoria de Jean Piaget, tiveram mais avanços no que se refere as tecnologias, pois ao longo deste semestre, lidamos com algumas ferramentas diferentes como, linha do tempo e construção de Power point, nas Interdisciplinas de Organização e Gestão e Organização do Ensino Fundamental, respectivamente. Adquiri mais confiança em lidar com estas ferramentas que antes não dominava totalmente. No que se refere as pesquisas em torno da teoria de Jean Piaget, confesso não ter alcançado os objetivos esperados, pois tudo que vi sobre ele até então, se resume ao disponibilizado nas interdisciplinas anteriores e considero muito pouco ainda. No entanto, durante este semestre, através da interdisciplina de Educação, Cultura e Sociedade foi proposto a leitura de duas obras de Paulo Freire, “Pedagogia da Autonomia” e “Pedagogia do Oprimido”, o que me despertou grande curiosidade em conhecer um pouco mais da sua vida e de sua obra. Por esta razão pretendo modificar meu PIE, adotando a partir de agora o autor Paulo Freire como objeto de meus estudos.
Devido a grande quantidade de textos que nos envolveu neste eixo, não foi possível me dedicar como gostaria nas pesquisas do PIE, mas pretendo me organizar para que possa dar continuidade a esta proposta.

sábado, 22 de novembro de 2008

Organização do Ensino Fundamental

Revendo as atividades realizadas nesta interdisciplina, percebi que através dela foi possível conhecer mais sobre o funcionamento escolar, dentro de uma perspectiva democrática, aprendendo a identificar aspectos fundamentais dentro deste modelo de gestão.
Na atividade 1 do modulo 1, tínhamos que classificar conceitos pertencentes a uma gestão democrática e uma gestão patrimonialista, em seguida escolher dois e explicar quais suas diferenças. Considerei esta atividade muito importante, pois foi possível reconhecer e classificar os conceitos de acordo com a classe pertencente, o que me levou a refletir que não podemos contemplar dois indicadores simultaneamente (patrimonialista e democrático) por serem opostos, ao praticar uma das opções se está automaticamente fazendo o inverso da outra.
Com isso pude observar que essas duas gestões democráticas e patrimonialistas são práticas opostas.
Na atividade 2 foram realizadas leituras em torno dos textos que falassem de Gestão Democrática na e da educação: concepções e vivências.
Na atividade 3 realizamos um texto contemplando as reflexões surgidas a partir da leitura. Se considerarmos que a palavra democracia significa igualdade de direitos entre os cidadãos, isso implica que uma gestão democrática também está voltada para este fim, ou seja, proporciona meios para que todos participem das decisões e ações. No âmbito escolar não é diferente, uma gestão democrática é aquela que prioriza a participação de toda a comunidade escolar, oportunizando espaços para que possam opinar e tomar decisões, que haja de forma transparente na aplicação de recursos e na sua prestação de contas. Uma escola democrática é mais do que simplesmente ser isso no papel, mas em suas ações, nas suas convicções, onde as práticas sejam realmente voltadas aos interesses dos alunos, pais, professores e funcionários e não apenas o resultado do interesse pessoal da direção e coordenação. Porém, muitas vezes, vimos e ouvimos belos discursos, mas a realidade não condiz com o que está sendo dito.
No modulo 2 repensamos as normas e concepções do PPP e Regimento Escolar transportando a realidade da escola que estamos inseridos.
Neste sentido, a partir da leitura do texto “Organização curricular da escola e avaliação de aprendizagem” de Maria Beatriz Gomes da Silva pude perceber que nossa escola procura cumprir com as normas e concepções de seu PPP e Regimento, caminhado rumo a uma educação mais justa, de qualidade, de acordo com a realidade da sua comunidade escolar.
No modulo 3 a proposta era analisar o PPP e o Regimento Escolar, dentro de uma visão democrática, a importância destes dois documentos para o funcionamento de uma escola, segundo as leituras realizadas, Projeto Político e projeto Pedagógico de Bernard CHARLOT. e Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico: espaço para a construção de uma escola pública democrática de Maria Beatriz Gomes & Mariângela Bairros. De acordo com estes autores, PPP é um instrumento que reflete o desejo teórico orientador das práticas escolares. Nele estarão contidas as ações que a escola e os professores gostariam de fazer, mas também constam as ações que eles realmente fazem. Pois segundo Bernard Charlot: “A realidade da escola é o que ela desejaria fazer, mas é também o que ela faz”. Já o Regimento Escolar é um importante documento de referência para o funcionamento da escola. Nele está materializado o PPP na forma de registros dos procedimentos, funções, atribuições e composição de cada um dos diferentes segmentos e setores da escola. Através dele, todos saberão que procedimentos seguirem.
Contudo acredito que após a realização de todas estas atividade foi possível compreender um pouco melhor, as medidas a serem adotadas para contemplar uma gestão democrática, como deve ser de fato este modelo de gestão, e a partir de então lutar para que a realidade onde estamos inseridos torne-se mais democrática.