domingo, 15 de novembro de 2009

LIBRAS

Desde o início do semestre esta interdisciplina me impressionou bastante, pois a minha concepção de LIBRAS era muito diferente daquilo que vimos, exceto pelo fato de acreditar que as pessoas surdas foram e são ainda descriminadas pela sociedade, que as julga injustamente de serem menos “capazes”.
Ao longo das leituras foi possível descobrir que este ensino é recente, pois até então se esperava das pessoas com deficiência auditiva, que viessem a se comunicar por leitura labial e que também elas pudessem falar ou murmurar para se fazerem entender. É muito triste a história destas pessoas que foram até bem pouco tempo, mal interpretadas e com isso expostas a um sistema de ensino diferente da sua realidade.
Como estamos vendo nos textos da interdisciplina, o ensino dos surdos obteve progressos relevantes, pois atualmente a LIBRAS vem inovando o ensino a estas pessoas, quando possibilita o uso de gestos, sinais, expressões corporais e faciais, sendo que isso não era permitido antes, conforme já mencionado anteriormente.Considerando o processo de inclusão que muito se vem discutindo e implantando, nossas escolas vem recebendo um número expressivo de alunos especiais que necessitam de professores capacitados para melhor recebe-los. Esta interdisciplina vem nos auxiliando neste processo de preparação, pois nos proporciona importantes reflexões a cerca da história dos surdos, sua cultura e comunidade, que como vimos são as formas como eles vêem e interpretam o mundo, se relacionam, suas crenças, hábitos, costumes, enfim, tudo isso contribuirá diretamente em nossa prática pedagógica se por acaso temos ou tivermos alunos com deficiência auditiva, embora saibamos que devemos sempre buscar nos aprimorar ainda mais.

sábado, 14 de novembro de 2009

EJA


No início do semestre estava bastante empolgada com esta interdisciplina, pois acreditava que ela contribuiria em nossa prática pedagógica, visto que presenciamos esta modalidade em nossa escola, embora um pouco diferenciada, em se tratando de educação especial.
Com o passar do tempo confesso ter ficada um tanto quanto frustrada, porque a interdisciplina abordou somente aspectos legais que constituem a EJA e sua história, embora compreenda a importância de estudarmos estas questões para entendermos também sobre a parte burocrática que envolve esta modalidade, mas sinceramente esperava ver com maior freqüência a parte prática envolvida neste ensino, por isso o motivo de ter ficado meio desanimada.
Somente com a saída de campo foi possível descobrir quem é o público da EJA, a idade destes alunos, o interesse deles em voltar a escola, enfim, foi somente após esta experiência que passei a imaginar como funciona a Educação de Jovens e Adultos a nível regional, considerando que visitamos uma escola de um município vizinho.
Fiquei bastante surpresa com o que encontramos, pois acreditava que o público da EJA fosse em sua maioria pessoas de mais idade, que em sua juventude não tiveram como estudar por um motivo ou por outro.
Encontramos uma clientela bastante jovem, composta em sua maioria por jovens e adolescentes que desistiram dos estudos na época apropriada e agora buscam uma complementação ou titulação que faz falta no mundo do trabalho, pois a maioria das empresas exige no mínimo o ensino fundamental completo.
Fiquei muito contente com a forma da qual fomos recepcionados na escola pela equipe diretiva e monitores, nos esclarecendo muitas dúvidas, respondendo aos nossos questionamentos e permitindo que entrevistássemos os alunos em sala de aula.
Somente agora encontrei a motivação da qual esperava nesta interdisplina, pois foi possível estabelecer relações dos textos lidos com a prática que presenciamos.

sábado, 3 de outubro de 2009

APENAS UM DESABAFO...

Considerando que este espaço é utilizado para reflexões, aprendizagens, duvidas e angustias de uma forma bastante particular, gostaria de registrar e esclarecer alguns detalhes que acredito foram mal compreendidos e acabam por acarretar ao invés de reflexões e crescimento, em frustrações e angustias.
Com relação a minha compreensão do verdadeiro significado do portifólio de aprendizagens, não tenho duvidas do que ele representa, conforme já mencionei acima, ele nos proporciona um espaço onde podemos expor nossa maneira de pensar, conteúdos, atividades produzidas por nós, consideradas relevantes em nossa caminhada, pois toda e qualquer atividade que realizamos, não deixa de ser por si só original.
O dialogo e a interação com os tutores e professores são fundamentais neste processo de aprendizagem, pois possibilitam que reflitamos ainda mais sobre o que realizamos e como estamos organizando e expondo nossas idéias.
Neste sentido, confesso ter ficado surpresa ao ser orientada sobre o significado do blog de aprendizagem e a publicação de atividades realizadas em outras interdisciplinas, da forma como foi colocado, pois este não é um habito muito presente neste espaço, conforme consta nas postagens dos semestres anteriores. Apenas após conversar e visitar vários blogs de colegas, constatei que esta é uma pratica que vem sendo utilizada a muito tempo e com muita freqüência por vários colegas e que nunca foi reprimida, tendo em vista que também são resultados de reflexões realizadas nestas atividades. Penso que todas nós, alunas do Pead, devemos e somos avaliadas da mesma forma, embora por tutores e professores diferentes, por essa razão publique duas atividades, consideradas por mim as mais significativas de cada interdisciplina, porém não significa que tenha feito isto por não compreender o significado do portifólio de aprendizagens, mas porque acreditava ser uma pratica constante e permitida.
No que se refere às indagações feitas a partir das atividades, acredito serem muito significativas e realmente estarem contribuindo em meu processo de aprendizagem.
Contudo, como já mencionei, gostaria apenas de desabafar...

Retomando postagens2

Conforme os comentários referente a segunda postagem, dos quais pedem exemplos mais concretos de situações em sala de aula envolvendo as diferenciações em relação a e fala e a escrita, estou retomando a mesma com este objetivo.
Com a relação ao exemplo citado, que atualmente recorremos a diferentes formas de comunicação e que estas podem facilitar nosso dia-a-dia. Quero salientar que estou apenas dizendo que atualmente as utilizamos, não que estas podem ser chamadas de atuais, porem, de certa forma, pode até ser. Pois bem, estou me referindo as formas de comunicação como sms, mensagens instantâneas entre outras, das quais utilizamos uma escrita bastante restrita, seja para economizar nas mensagens, seja para ganhar tempo. Estas são praticas bem comuns hoje em dia, fora do contexto escolar, e que poderiam muito bem ser trabalhadas em sala de aula, como exemplos das diferentes formas de comunicação e de como e onde devemos e/ou podemos utilizar cada uma delas.
No ambiente escolar, as linguagens exploradas geralmente são as formais, tendo em vista o modo correto de utilizá-las. Embora muitas vezes, saibamos a maneira correta de utilizar a linguagem escrita ou oral, em nosso cotidiano, também por influencia das pessoas com as quais convivemos, acabamos por utilizar mais frequentemente uma linguagem informal. Acredito que ao invés de apenas criticar estas formas diferentes de se comunicar conforme exemplo citado anteriormente, deveríamos nos aproveitar delas para dar testemunho de quando e onde elas poderiam ser útil, mas sem esquecer as maneiras mais adequadas de utilizar a linguagem escrita e oral que a meu ver seria a forma correta do uso língua portuguesa.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Retomando postagens

A partir dos comentários e questionamentos deixados, volto à primeira postagem sobe a atividade de Didática denominada como “Pai da Didática”.
Com relação ao ensino igual para todos no qual relato nesta postagem, gostaria de esclarecer que estou apenas me referindo ao direito que todos os cidadãos tem a uma educação de qualidade, independente da classe social que faça parte, conforme reflexões a cerca das leituras realizadas sobre as contribuições de Comênio para a pedagogia. (Reble, 1987, p. 110).
Quanto as contribuições que a atividade de Didática trouxe para a minha vida profissional, acredito que posso citar como mais relevante o fato de analisarmos e refletirmos sobre nossa pratica docente a partir da pedagogia iniciada por Comênio, que marcava o termino da idade media e o inicio da idade moderna. Da mesma forma que os princípios gerais da didática exprimiam o espírito conservador e renovador do momento, ou seja, enquanto por um lado, na exposição docente do conteúdo, na passividade do aluno a quem cabe apenas ouvir, destaca-se, por outra parte, como nova forma de ensino, a imitação da natureza, a observação e experimentação, os processos das artes mecânicas, os métodos da nova forma de trabalho e da ciência.
Assim como Comenio, presenciamos em nossa pratica a preocupação com uma metodologia de ensino onde os alunos aprendam mais e melhor.
No que se refere a construção da minha própria autonomia enquanto educadora, dentro de uma perspectiva de autonomia estabelecendo relações com a capacidade de o sujeito pensar pelas suas próprias idéias, penso que as aprendizagens adquiridas ao longo dos semestres tem contribuído positivamente neste processo, pois conforme vamos adquirindo conhecimento sobre determinado assunto, vamos também construindo nossas próprias idéias acerca destes assuntos, que nem sempre estão em concordância com as idéias já existentes ou que nem sempre nos levam a pensar da mesma forma que pensávamos antes.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Linguagem e Educação

Múltiplas Linguagens

# Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?

A partir do texto “A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais” de Trindade Dalla Zen, fica evidente que não falamos, lemos ou escrevemos sempre do mesmo jeito, pois existem variações lingüísticas devido às diferenças culturais próprias de um determinado grupo social, o que modifica nossa linguagem escrita e oral. Conforme Kleiman, 1995:

A escrita também não é uma modalidade fixa, não é sempre formal/ sofisticada/planejada, assim como a fala não é, em todas as situações de comunicação, informal/coloquial e sem planejamento."

Como podemos perceber, nossa maneira de falar e escrever varia de acordo com o ambiente/situação a qual nos encontramos, logo, se estamos entre amigos por exemplo, não faremos uso de uma linguagem formal, mas se estivermos nos referindo a alguma autoridade, então devemos trata-la de forma adequada. Acredito que do mesmo modo deva ocorrer no ambiente escolar. Enquanto educadores, devemos abordar estas questões com nossos alunos de maneira que saibam diferenciar as varias formas de utilização da linguagem oral e escrita, sobretudo nos dias atuais, onde estamos constantemente em contato com diferentes formas de comunicação e podemos recorrer a certos recursos para facilitar nosso cotidiano. Acredito ser de grande importância trazer para nossos alunos outras formas de linguagem escrita e oral além daquelas que habitualmente oferecemos na escola, uma vez que elas já se fazem presentes fora do contexto escolar e podem ser muito bem utilizadas por eles, desde que tenham discernimento em sua utilização
nas diferentes situações

"Pai da Pedagogia"

Através das leituras disponibilizadas pela interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, que falavam das contribuições de Comênio para a Pedagogia, foi possível encontrar em nosso cotidiano escolar, vários elementos da pedagogia de Comênio. Isso porque podemos observar atualmente, por parte dos profissionais da educação uma preocupação em respeitar a capacidade de compreensão do aluno, seus interesses e cuidar da motivação dos mesmos, por meio de aulas diversificadas e prazerosas.
Assim como Comênio, ainda hoje buscamos contemplar aspectos importantes como: Ensino igual para todos, independente da classe social, formação de sujeitos mais autônomos, capazes de pensarem por suas próprias idéias. Destacando também a importância do bom relacionamento entre alunos e professores para um melhor ensino-aprendizagem.
Finalmente uma preocupação que é bastante pertinente, que naquela época como nos dias de hoje e que dispensa comentários: “Investigar e descobrir o método o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais”.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Desenvolvimento Moral

A partir da leitura dos textos indicados pela interdisciplina de Psicologia II, sobre o desenvolvimento moral da criança, foi possível pensar em uma situação agressiva ocorrida em meu cotidiano escolar, porém após as reflexões proporcionadas pelos textos, não as encarei meramente como violentas, mas pude perceber que certas atitudes dos alunos, estão refletindo o modo como eles estão pensando naquela fase do seu desenvolvimento.
Os alunos estavam se dirigindo para o refeitório quando dois colegas começaram a rir, parecendo estar olhando para um terceiro, este que não ouviu a conversa, porém achou que estivessem rindo dele, partiu para cima de um dos colegas o peitando, perguntando por que estavam rindo dele, o que gerou alguns empurrões. Em seguida houve a intervenção de uma professora que estava mais próxima dos alunos, para que a situação não se agravasse ainda mais. Mais tarde, a professora regente, levou os alunos para conversarem em outra sala, separados dos demais alunos e tudo foi esclarecido através do dialogo.
Tratava-se de alunos com idades entre 8 e 12 anos, da escola especial, na qual trabalho atualmente. Por se tratarem de alunos com deficiência mental, acredito que o desenvolvimento moral se desenvolva um pouco mais tarde, em consonância com o próprio desenvolvimento cognitivo e intelectual que se faz de forma mais lenta.
Segundo o texto “Significações de violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?” de Jaqueline Picetti, com base na teoria de Piaget:

“... Piaget (1994) observou que, até em torno dos dez anos, os atos são avaliados segundo seus resultados, independente das intenções. Como podemos observar no relato acima, Cristiano, provavelmente, avaliou o ato do colega Igor pelo seu resultado, isto é, o empurrão. Cristiano, possivelmente, ainda encontre dificuldades em se posicionar em relação ao pensamento de outra pessoa, conseguindo pensar apenas a partir do seu ponto de vista, o que, da mesma forma, foi estudado por Piaget como característico do processo de desenvolvimento moral.”

Dessa forma, na situação descrita anteriormente podemos observar que o aluno não conseguiu pensar no ponto de vista dos colegas e agiu de acordo com o seu ponto de vista, demonstrando estar avaliando os atos, realmente pelos resultados, independente da intenção que o colega pudesse ter.
Neste sentido, acredito que a escola deve agir de forma a contribuir com um desenvolvimento moral autônomo. Pois, de acordo com os textos, podemos observar duas formas com as quais o desenvolvimento da moralidade procede: a primeira denominada heteronomia, o qual o sentimento de respeito é imposto pelo adulto; e a segunda nomeada de autonomia, no qual a criança identifica o sentimento que ele deve ter em situações de conflito moral, assimila e põe em prática, sem necessariamente haver a imposição de uma autoridade. Porém o que vemos acontecer na maioria das vezes nas escolas é um incentivo maior da primeira.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Projeto de Aprendizagem - CHIMARRÃO

Dia 25/05/09

Neste dia realizamos nosso primeiro encontro na casa da Leticia. Nosso objetivo era eleger uma pergunta central para o Projeto de Aprendizagem. Como de costume tmamávamos um chimarrão enquanto discutíamos uma tema para o PA. Vários foram os cometários, sugestões de pesquisas, mas nenhuma opção nos pareceia atrativa, de modo a nos manter interessados em dar continuidade nas pesquisas. Parecia que sempre ficava faltando algo ou as´dúvidas ou as certezas, enfim não estava completo.
Após várias ideias, ainda mateando, pensamos...que tal pesquisar sobre o chimarrão, visto que é um hábito sempre presente em nossos trabalhos. Foi então que sentimos que nossas expectativas tinham sido alcançadas e ficamos bastante curiosas para descobrir o máximo possível sobre o tema.
Neste mesmo dia, já definimos algumas certezas e dúvidas, mas nao registramos nennhuma.
A pergunta ficou assim definida:

"Como surgiu o hábito de tomar chimarrão no Rio Grande do Sul e qual a sua influência no modo de viver dos gaúchos?"


Dia 05/06/09

Neste dia o encontro foi na minha casa. Como sempre, o chimarrão estava presente!
Nos encontramos para definir nossas dúvidas e certezas com relação à nossa pergunta central.
Conforme ja descrito anteriormente, no nosso primeiro encontro definimos alguns certezas e dúvidas e nesse encontro nosso objetivo era registrá-las, como o fizemos, bem como acrescentamos outras.
Organizamos o nosso PBworks criando páginas para o mapa conceitual, diário de bordo, plano de trabalho, síntese final, etc.
Elegemos alguns itens para o nosso plano de trabalho, o qual servirá de orientação para o desenvolvimento de nossa pesquisa.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Educação Especial

Ao ler as postagens do fórum da interdisciplina de educação especial, me chamou a atenção o último comentário da colega Dulce, onde fala do cuidado do professor que trabalha com o autista, em não criar um mundo para ele. Além de concordar com a ideia, pude refletir um pouco da vivencia que tenho com estes alunos, embora não trabalhe diretamente com eles. Presencio minhas colegas trabalhando com alguns alunos autistas e posso dizer que o sucesso no atendimento dependerá muito do vinculo estabelecido entre professor e aluno. Acima de tudo o professor deve procurar compreender a maneira que o aluno autista pensa, pois ele vê o mundo de maneira diferente da nossa, logo, não podemos esperar ações de sua parte, semelhantes as nossas ações. Ao mesmo tempo em que se deve desafiá-lo deve-se também ter o cuidado de não querer exigir ações completamente diferentes da sua maneira de pensar. É necessário conquistar sua confiança e aos poucos criar situações onde ele possa mostrar sua maneira de ver o mundo. Neste sentido, acredito que os profissionais da escola onde trabalho, procuram dar o melhor de si para o desenvolvimento destes alunos, porem isso não bastaria se não houvesse também o conhecimento e o comprometimento no trabalho desenvolvido.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Seminário Integrador VI

Ao realizar a atividade 3 do Seminário Integrador fiquei pensando qual o sentido desta atividade, pois o comentário da tutora estava bom, não necessitando refazer o relatório. Após voltar no relatório e dialogar com a tutora sobre os motivos que me levaram a construí-lo daquela forma, percebi que o objetivo da atividade era justamente este, nos fazer repensar nossas atividades por meio também da interação com professores e tutores.
Ao atender ao solicitado na atividade 3 do seminario, estive relendo o comentário feito pela tutora Roberta. Como ela mesma cita, consegui atender ao solicitado na analise, trazendo minhas reflexões pessoais. Acredito que isso se deva ao fato de que quando analisamos algo, utilizamos de nossas concepções para ver o trabalho do outro, logo se não tivermos algum entendimento sobre aquilo que estamos analisando, corremos o risco de fazer um julgamento errado sobre o que estamos analisando. O roteiro disponibilizado pela interdisciplina foi bastante útil, permitindo uma seqüência lógica na analise, sem que faltasse nenhum ponto ou outro se repetisse.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

A partir das discussoes realizadas sobre esta interdisciplina, sobretudo as indagacoes surgidas no forum, gostaria de destacar uma em especial feita pela Zezé (“fiquei pensando quanto educadora, o quanto este processo de exclusão sobre essa educação ainda habita em nós? em nós educadores, o quando de estigma latente nos assombra ainda, o quanto ainda de preconceito paltado no determismo, na piedade ainda habita em nós?”) e relatar minhas reflexoes a respeito: Fiquei analisando que este processo de exclusão, preconceito e piedade se mescla em nosso pensamento, em nossa maneira de ver o mundo, pois sempre fomos induzidos a gostar do que é “perfeito”, de querer aquilo que é melhor, mais bonito, enfim, valorizar as coisas e as pessoas pelo seu aspecto físico. Diante do que é imperfeito, digamos assim, ficamos confusos, assumindo certas posturas como: ignorar, ter pena, julgar, entre outras. Tudo isso somado a falta de capacitação e informação por parte dos educadores, tende a resultar em tentativas fracassadas de inclusão. Pois, se continuarmos vendo nosso aluno deficiente como “coitadinho”, não estamos o ajudando, porém se ignorarmos suas limitações também não estamos agindo certo. Acredito que para a inclusão acontecer realmente, além do papel, devemos em primeiro lugar ter consciência de nosso próprio preconceito, conosco e com os outros. Aceitar o diferente como normal, fazer de tudo para tratá-lo como tal, apostando em seu potencial, mas conhecendo sua realidade e sua limitação. A capacitação dos professores é fundamental neste processo, acredito, porém não basta apenas conhecer formas de se trabalhar com estas pessoas, é preciso também aceitá-las de coração, buscando mudar a visão errada que a sociedade tem delas, julgando-as incapazes e dignas de pena, na maioria das vezes por desconhecê-las. Atualmente nem nossas escolas nem tão pouco nossa sociedade está preparada (física e emocionalmente) para receber pessoas com necessidades educacionais especiais, porém isso não significa que não possamos, aos poucos integrar e socializar alunos especiais com alunos da rede regular, após um trabalho de conscientização, aceitação e convivência entre ambos, para então pensar em uma inclusão responsável.

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II

Diante das atividades, textos e aprendizagens ocorridas neste semestre, gostaria de citar uma atividade realizada nesta interdisciplina, pois ao me deparar com esta atividade de relatar qual aprendizagem tenha considerado mais significativa para mim, fiquei um bom tempo pensando, repensando e com isso foi como se assistisse ao um filme em minha cabeça, relembrando minhas vivencias e experiências. Ao longo de minha vida, inúmeras foram as aprendizagens, sejam escolares, particulares, de origem social, cultural, política, econômica, enfim. Não faltaram oportunidades para que pudesse aprender algo novo.
Na escola, graças, sempre tive certa facilidade em assimilar os conteúdos ou ensinamentos que me eram repassados, mesmo não me orgulhando tanto assim do modelo de ensino da época. Quando criança, tive aulas de ballet, patinação, taekwondo, freqüentei CTG e tudo que meus pais podiam fazer para me oferecer uma melhor qualidade de vida, eles o faziam. Porém na minha adolescência, ao perder um ente querido da família, fiquei muito revoltada com relação a religião e até mesmo com Deus.
Passada esta fase, sem que houvesse um acompanhamento psicológico, pois não aconteceram mudanças externas significativas, superei os sentimentos ruins, ou ao menos consegui conviver melhor com eles, buscando compreender e valorizar a vida que tinha. Porém, foi de onde eu menos esperava que veio a maior e mais bela lição que tive ao longo de minha história. Há cinco anos atrás fui convidada a trabalhar em uma escola especial. Fiquei bastante contente, porém não imaginava que fosse aprender tanto com pessoas que julgamos precisarem de nós, ao menos até que as conhecemos.
Durante minha infância, embora fizesse várias atividades, estive bem acima do peso considerado normal, porém na pré-adolescência e posteriormente, fui crescendo e perdendo peso, chegando ao considerado ideal. Entretanto o que não havia perdido era sensação de estar gorda, e por este motivo me sentir de alguma forma menos importante, querida ou bonita e diversas vezes, ficava triste por não ter o corpo desejado, a altura ideal, os olhos claros, entre outras coisas que vamos inventando quando não estamos de fato realizados ou completos.
Apesar de tudo, sempre me considerei uma pessoa que valorizava a vida, as pessoas a natureza, enfim, mas foi no ambiente escolar, que descobri o verdadeiro sentido de viver, de valorizar as pequenas coisas, a gostar primeiro de si mesma, para poder gostar do próximo. Convivendo com pessoas que teriam muitos motivos para serem infelizes, situação financeira, as limitações físicas e mentais, entre outras situações que deixariam qualquer pessoa normal, um tanto sofrida ou fragilizada. No entanto, foi com o exemplo delas que passei a valorizar mais a minha vida, minha família, respeitar o outro como ele é e acima de tudo, parar de reclamar pelo que não temos e passar a agradecer e valorizar o que temos. É bem verdade que nem todas as pessoas com as quais convivi são igualmente sábias ao ponto de aprender a viver com as suas limitações, mas tiveram e ainda têm algumas que me ensinaram o suficiente para se tornar inesquecível em minha memória. Uma lição de vida, um exemplo de humildade, bondade, sinceridade, valorizando as pessoas pelo o que elas são, não pelo o que elas tem. Foi então que percebi que é nas pequenas coisas que aprendemos grandes lições. Aprendi a não reclamar tanto da vida e isso para mim foi muito importante, pois ajudou a me tornar uma pessoa um pouco melhor do que eu era, na medida em que presenciava grandes exemplos de superação, de força de vontade, sem jamais demonstrar desânimo, cansaço ou queixar-se da vida.
Acredito que todos com os quais convivi até aqui, contribuíram de alguma forma neste processo que considero de amadurecimento, mas sem dúvida, o exemplo de alguns pais de alunos, foi único, proporcionando uma grande conquista em minha vida, a de aprender a viver em harmonia comigo mesma.
Resolvi relatar um pouco da minha historia, para possibilitar o entendimento de que ao longo dela, o maior desafio para mim, não esteve nos livros, no manuseio com a informática, na pratica de esportes, não que estes tenham sido tarefa fácil, porém o mais difícil, foi olhar para dentro de mim e me aceitar como realmente sou, aprendendo a conviver com os defeitos e virtudes e acima de tudo, estar aberta a aprender com tudo e com todos.
Se compararmos o texto acima com a teoria de Piaget, mais especificamente o construtivismo, podemos identificar a presença de alguns conceitos do qual a teoria se fundamenta, como explicitado no texto “O que é o Construtivismo“ escrito por Fernando Becker:
...“Sujeito e objeto não têm existência prévia, a priori: eles se constituem mutuamente, na interação. Eles se constroem. Como? O sujeito age sobre o objeto, assimilando-o: essa ação assimiladora transforma o objeto. O objeto, ao ser assimilado, resiste aos instrumentos de assimilação de que o sujeito dispõe no momento. Por isso, o sujeito reage refazendo esses instrumentos ou construindo novos instrumentos, mais poderosos, com os quais se torna capaz de
assimilar, isto é, de transformar objetos cada vez mais complexos. Essas transformações dos instrumentos de assimilação constituem a ação acomodadora. Conhecer é transformar o objeto o transformar a al mesmo. (O processo educacional que nada transforma está negando a si mesmo.) 0 conhecimento não nasce com o indivíduo, nem é dado pelo meio social. 0 sujeito constrói seu conhecimento na interação com o meio tanto físico como social.”

Como vimos o conhecimento depende de um processo de construção, que está diretamente ligado as interações com meio social. Portanto, o processo de aprendizagem descrito no texto, demonstra que por meio da interação com as pessoas especiais e seus familiares, novos valores foram agregados aos já existentes, transformando as estruturas, estabelecendo relação aos conceitos de assimilação e acomodação também descritos na teoria construtivista.
Para que a aprendizagem ocorresse foi necessária também a iniciativa do indivíduo, ou seja, ela aconteceu porque partiu de um interesse pessoal de tornar-se um indivíduo renovado, a partir do exemplo de outras pessoas. Por isso acreditamos que para algo possa realmente se tornar significativo, tem que partir dos interesses de cada um, pois contempla suas curiosidades e necessidades.
Um outro ponto que basicamente resume o construtivismo no meu ponto de vista, é que somos seres inacabados e estamos em constante processo de aprender, por isso, mesmo passando por momentos turbulentos em nossas vidas, podemos superar e aprender sempre coisas novas, como aconteceu comigo, de acordo com o relato descrito anteriormente.

segunda-feira, 30 de março de 2009

QUESTÕES ÉTNICO RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA

Nossa aula presencial da Interdisciplina Questões Étnico Raciais na Educação: Sociologia e História aconteceu dia 26 de março de 2009.
Achei pertinentes as explicações feitas pelo professor Nilton, pois através delas foi possível diferenciar conceitos de raça e etnia, antes vistos por mim, como sendo iguais. Percebi que o conceito raça, já não é tão utilizado por estudiosos porque implica uma ligação biológica, diferente de etnia que significa as ligações culturais entre povos. Portanto, quando nos referimos a raça indígena por exemplo, estamos incluindo todas as etnias existentes dentro dela, como Tupis, Guaranis, entre outros. Contudo devemos ter esta consciência de que mesmo sendo de uma mesma raça, podemos assumir costumes e hábitos diferentes, pois não podemos classificar que pessoas da mesma raça sejam todas iguais.
Outro assunto que foi bastante discutido, foi a questão do preconceito e racismo, pois como iremos trabalhar estas questões com nossos alunos, se não soubermos diferenciá-las? Gostei da forma como o professor esclareceu e inclusive utilizando exemplos. Segundo ele, quando falamos algo para alguém, que de alguma forma estamos fazendo com que ela se sinta inferior a nós e a sociedade, estamos sendo racistas, mas quando julgamos esta pessoa por acharmos que ela possa ser diferente de nós ou dos padrões que julgamos convencionais, estamos sendo preconceituosos, pois não aceitamos a diferença no outro, porém isso não irá fazer com que ele se sinta inferior de alguma forma.
Estas explicações são muito bem vindas, pois nos auxiliam de que forma devemos trabalhar estes temas com nossos alunos, assumindo uma postura neutra diante das diferenças, respeitando as individualidades de cada cidadão.

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

Nossa primeira aula presencial de Filosofia da Educação aconteceu no dia 23 de março de 2009.
Confesso não ser uma disciplina que desperte tanto interesse em mim, quanto as outras, mas durante este eixo vou encará-la como um desafio, visto o tamanho de sua complexidade.
Através das explicações do professor, pude perceber que filosofia, além de outras coisas, também pode ser vista como argumentar, conceito este, já trabalhado na Interdisplina do Seminário Integrador e que foi ainda discutido durante a aula, nos levando a compreender que quando simplesmente respondemos a um questionamento de forma direta e objetiva não estamos argumentando, porém quando respondemos ao questionamento, explicando os porquês da resposta, aí então estamos argumentando. Outra colocação que considerei importante foi que,em filosofia, estamos convidados a questionar o óbvio, duvidar talvez, construir novas idéias sobre o que julgamos ter certeza, enfim, pensar...sobre si e sobre o mundo, buscando descobrir o novo.

SEMINÁRIO INTEGRADOR VI

Nossa primeira aula presencial foi iniciada pela interdisciplina do Seminário Integrador VI, no dia 18 de março de 2009. Junto com ela veio também a responsabilidade, que a cada eixo torna-se um pouco maior. Ao lado das responsabilidades está nossa satisfação em estar cursando o último ano com interdisciplinas, o momento tão esperado se aproxima e com ele, todas as nossas angústias, porém com um gostinho de felicidade, pois a cada etapa concluída, fica além do sentimento de dever cumprido, a certeza de ter dado mais um passo na busca pelo conhecimento.
Contudo gostaria de registrar o quanto achei produtiva nossa primeira aula, porque trouxe novamente como enfoque, os Projetos de Aprendizagem, tão discutidos e tão novos para nós. Pela primeira vez, realizamos uma pesquisa de verdade, digo isto, porque até então, as pesquisas das quais realizava, envolviam um tema, que nem sempre era escolhido por nós, e dentro deste tema se fazia uma pesquisa, ou melhor, se buscava maior número de informação sobre ele, porém geralmente eram respostas prontas, com no máximo alguma entrevista. Os PA ao contrário, nos deixaram meio perdidos no início, justamente por não aceitar respostas prontas, tínhamos que construir hipóteses nas quais considerávamos certezas e dúvidas. Essa nova maneira de fazer pesquisa, para nós não foi muito fácil, pois estávamos acostumados a trilhar por caminhos já conhecidos. Trabalhar com conceitos, foi para mim, a parte mais difícil e ainda não me sinto segura para trabalhar com os mesmos, mas acredito que aos poucos conseguirei superar mais esta etapa. O mais importante já foi feito, descobrimos uma nova forma de se fazer pesquisa, de encontrar respostas novas, que não estão disponíveis em livros ou na internet, mas que vamos construindo no decorrer de nossos estudos e que nesta caminhada existem poucas certezas, apenas suposições a partir de dados concretos. Agora penso que o próximo passo seja aprender a coordenar tais projetos, para poder aplicar esta experiência também com nossos alunos, sem que o objetivo se perca.